JUVENTUS 2 X 1 AVAHI
O ainda forte campeonato da LERI – Liga Esportiva Regional Iguaçu no ano de 1971, protagonizou grandes pelejas futebolísticas. Dessa vez, no Estádio Municipal de Porto União se enfrentariam o tricolor Pó-De-Arroz (Juventus) e o Galo Tricolor (Avahi).
Como sempre, a arquibancada estava lotada, além de que, também, o barranco no lado oposto da arquibancada e o alambrado estavam tomados por torcedores de ambas a agremiações.
No elenco avahiano, desfilavam craques que nos dias de hoje jogariam em qualquer equipe do futebol brasileiro (não é saudosismo, é uma constatação) como Walmor, Farias e Betinho.
Pelo lado do Juventus, além das contratações para aquele campeonato, também desfilavam craques como Abilhôa, Albari e Mercedinho. Também para aquele ano, o Pó de Arroz contava com os trabalhos do competente treinador João Maria Tavares (antes mesmo do final do campeonato seria contratado pelo quadro avahiano).
Após o mediador Durval de Lima trilar seu apito para dar início do cotejo, o que se pôde presenciar, foi o ritmo alucinante empregado pelos boleiros do Avahi. Armaram uma correria deixando quase louca a defensiva do tricolor juventino. Mas, com o decorrer do embate, o elenco do Juventus foi se ajeitado em campo e equilibrou as ações, principalmente no setor ofensivo, onde os atacantes estavam ligados e ariscos e infernizavam a defesa do Avahi. E foi, aos 44 minutos da primeira metade, em um vacilo do beque central Daniel, que Mercedinho, ligado e arisco, entrou em velocidade roubando a pelota do referido beque e com o gol escancarado fazia a bola de capotão ir dormir nos fundos da cidadela guarnecida pelo guapo Cajú. Terminado a primeira metade com a vitória parcial do Juventus pelo placar mínimo, os dois treinadores, João Maria (Juventus) e Waldir Alliot (Avahi), nos vestiários respectivos, de posse de suas anotações, tomavam atitudes para que seus comandados voltassem para a segunda etapa e se desdobrassem para conseguir a vitória. Tanto é, que pelo lado do quadro avahiano, Waldir Alliot fez três mexidas. Saiu o guapo Cajú e entrou Sérgio Nei. Betinho entrou no lugar do ponteiro esquerdo Ozires e, Nicola deu lugar para o ponta de lança Luizinho. Pelo lado do Juventus, o guapo Raimundo deu lugar para Pelé e, na meia cancha, Moacir Banana deu lugar para Lizeu.
No início da segunda etapa, percebeu-se que o treinador Waldir foi feliz com suas alterações, pois já aos 6 minutos, após acertar um sem pulo da risca da área grande, Betinho mandava a deusa branca no ninho esquerdo da coruja do guapo Pelé. Estava decretado o empate no confronto. Contrariando ao que a massa torcedora avahiana esperava, que o galo tricolor viraria o placar, o elenco tricolor pó de arroz não se intimidou com o gol tomado e tomou as rédeas da partida e, aos 42 minutos, novamente ele, Mercedinho que até aquele momento já era a melhor figura em campo, mais uma vez roubou a redonda dos zagueiros avahianos e arrematou para o fundo das redes e fez o gol da vitória do Juventus.
O craque do cotejo foi Mercedinho (Juventus) secundado por Sidnei (Avahi).
Ficha técnica do cotejo
Estádio Municipal de Porto União – 03/10/1971.
Árbitro – Durval de Lima.
Auxiliares: Odilon Silva e Conrado Vilanova.
Renda – Cr$ 137,00.
Juventus
Raimundo (Pelé), Célio, Pacassi, Getúlio, Gilberto, Abilhôa, Moacir (Lizeu), Mercedinho, Lolo, Albari e Ariomar Ferpa.
Gols – Mercedinho (2).
Treinador – João Maria Tavares.
Avahi
Cajú (Sergio Nei), Mário, Daniel, Walmor, Pedro Scheibe Cebola, Jair, Ferreira, Nicola (Luizinho), Sidnei, Farias e Ozires (Betinho).
Gol – Betinho (1).
Treinador – Waldir Alliot.
Obs: O relatado acima foi feito pelo Craque Kiko, pois além de ter assistido o referido prélio, também se baseou em relatos contidos nos jornais da época: Jornal Caiçara e Jornal O Comércio.