ASSOCIAÇÃO ATLÉTICA IGUAÇU – TERCEIRA VITÓRIA EM CASA – 1972

ASSOCIAÇÃO ATLÉTICA IGUAÇU – TERCEIRA VITÓRIA EM CASA – 1972

Coisas da bola

Coisas da bola são relatos de fatos vividos por mim, histórias contadas por amigos e outros frutos da minha imaginação.

Qualquer semelhança será puro acaso.

“Jair da Silva Craque Kiko”

A.A.IGUAÇU 02 X 00 CASCAVEL –  29/01/1972

Buscando a terceira vitória consecutiva no Campeonato Paranaense de 1972, a Pantera Azul Dourada enfrentaria no alçapão da Vila Famosa o esquadrão do oeste paranaense, a Cobra Cascavel. E como deveria ser, sempre que atuava em casa, os jogadores iguaçuanos partiram com tudo para cima. Na primeira etapa, o que se viu durante os quarenta e cinco minutos foi o time da casa praticamente alugando o meio campo, pois só jogou no campo do adversário. Bem postado defensivamente, o Cascavel conseguiu o seu intento, terminar em zero a zero a primeira etapa, principalmente porque os avantes iguaçuanos insistiam em “chuveirar” a bola na área, fazendo com que os dois zagueiros, Gibi e Isac, saíssem com a cabeça inchada de tanto cabecear. Não perderam sequer uma bola por cima.

Com o propósito certo de cortar o guizo da Cobra, na segunda metade do tempo regulamentar a Pantera foi como uma avalanche para cima, e jogando com a bola no chão, chegou ao primeiro tento aos 16 minutos através de uma jogada sensacional do Tanque Joaquim, que após driblar o defensor Isac deu um mamão com açúcar para Jorginho, que livre de marcação mandou a redonda para o fundo das redes do guarda metas Altevir. Na validação desse tento pairou uma dúvida porque Jorginho estava praticamente na mesma da linha do último zagueiro do Cascavel.

Mesmo arrematando várias vezes ao arco do guapo Altevir, os atacantes do áureo cerúleo não tiveram muita efetividade, pois Duda fazia muita firula e Joaquim bem marcado por Gibi, que aliás fizeram um belo duelo nos noventa minutos. Nas divididas, Gibi sempre levava vantagem. Já Joaquim, quanto partia com o balão de couro dominado, se sobressaia sobre o beque cascavelense.

Aos 27 minutos, o lateral Bugrão  em uma baita jogada, fez uma ultrapassagem em velocidade sobre Murilo e fez um cruzamento forte e rasteiro encontrando Jorginho, que mais uma vez derrubava a cidadela de Altevir. Mesmo perdendo por dois tentos a zero, o quadro cascavelense não conseguia concatenar  jogadas de ataque e consequentemente não esboçava nenhuma reação. Placar final de 02 a 00 para a Associação Atlética Iguaçu, que com esse resultado figura na quinta colocação na temporada.

Três atletas da Pantera foram os destaques na peleja. Índio, que tem sido o jogador mais regular até aqui, teve uma atuação soberba. Armou, desarmou e fez algumas jogadas de efeito com toques sutis sempre municiando os seus colegas de ataque. Foi substituído aos 35 minutos devido ao grande desgaste físico. Joaquim, sempre lutador foi quem deu o passe para o primeiro gol. Deu muito trabalho para a dupla de beques de área do Cascavel. Nire, foi o xerifão na defesa iguaçuana. Impôs respeito e não perdeu nenhuma jogada.

Após a partida, os dirigentes do Cascavel foram até a tesouraria da Associação Atlética Iguaçu para receber a cota de Cr$ 5.000,00 conforme rezava o regulamento. O presidente iguaçuano, interino, Quinco Fernandes, repassou o vale de Cr$ 4.650,00 que tinha recebido da Mourãoense referente ao jogo do domingo anterior. Os dirigentes do Cascavel não aceitaram o vale e retornaram sem nenhum tostão.

Ficha técnica do cotejo

Estádio do Ferroviário – 29/01/1972

Associação Atlética Iguaçu 02 x 00 Cascavel

Juiz –  Waldemar Nader

Auxiliares – Adalberto Ferreira e Eloir Dias

Renda – Cr$ 10.302,00

Associação Atlética Iguaçu

Jorge, Bugrão, Nire, Reinaldo, Santos, Índio (Chila), Dito Cola, Jorginho, Joaquim, Kide  e Duda.

Gols: Jorginho (2)

Cascavel  

Altevir, Almir, Murilo, Gibi, Isac, Chiquinho, Carlinhos, Valdeci, Jurandir (Poioca), Adão e Aly.

2016-03-31-10.09.21

Comente pelo Facebook

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *