FAMÍLIA FERROVIÁRIA ESTÁ DE LUTO – MAIS UMA LACUNA NO ESPORTE DAS CIDADES IRMÃS

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Heitor Pinto – 15/05/1925 – 29/08/2017

Faleceu no dia de ontem (29) o Sr.Heitor Pinto, ex atleta do Ferroviário EC. Foi considerado por muitos como um dos grandes craques de futebol da nossa terra.

Um pouco da sua trajetória

Em conversas com desportistas da velha guarda sobre os atletas que se destacaram pelo Ferroviário, uma quase unanimidade gira em torno de Heitor Pinto como um dos grandes jogadores do nosso futebol amador.

Nascido na localidade de Poço Preto, Heitor Pinto começou sua vida futebolística  como jogador do Ferroviário Esporte Clube. Devido dificuldades na formação da equipe no início de sua fundação, o Ferroviário se filiou na Federação Paranaense e já se licenciou por dois anos, então, seus futuros atletas foram liberados para atuarem por outras equipes. Heitor Pinto nesses dois anos atuou pela equipe do São Bernardo onde foi vice-campeão por duas vezes. Decorrido esses dois anos de licenciamento, o Dr. Enéas Muniz de Queiroz, presidente na época, reativou a equipe e trouxe os seus ex-jogadores de volta. A partir dai o time da Vila virou colecionador de títulos. Tendo como destaque pelo seu lado esquerdo do ataque, onde o ponta de lança Heitor Pinto se sobressaia juntamente com o ponteiro esquerdo Cabrita, o pentacampeonato veio com naturalidade. O time jogava por música. Tinha como jogada principal o recuo do ponteiro Cabrita, que devido a sua habilidade era marcado em cima pelo lateral direito que o acompanhava. E nesse recuo do Cabrita, Heitor penetrava nas costas do lateral adversário e da linha de fundo fazia o cruzamento que sempre encontrava o centroavante rompedor Cará, livre, que arrematava para o fundo das redes. Para Heitor essa jogada era mortal.

Sendo canhoto por natureza, também sabia bater na pelota com a perna direita, facilidade essa, que sempre lhe dava vantagem sobre os adversários. Atuando sempre ofensivamente e com a cabeça erguida, tinha facilidades no fundamento principal no futebol que é o passe. Um outro fator era que por ter uma boa estatura, fazia uso da mesma ao ter uma boa visão periférica do campo de jogo. Também usava o recurso de esconder a bola nos pés, habilidade nata bem aproveitada, pois os adversários dificilmente lhe roubavam a bola.

Fez história e é um craque sempre lembrado por quem acompanhou o nosso futebol amador. É pai de duas mulheres e dois homens, os quais, também seguiram o caminho do pai e foram atletas do Ferroviário Esporte Clube.

Vale salientar, que naquele tempo a maioria dos jogadores do Ferroviário eram funcionários da Rede de Viação Paraná-Santa Catarina e eram contratados para trabalhar e jogar. Tinham emprego, moradia e, muitas vezes eram auxiliados pelo clube na compra de medicamentos para seus familiares.

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