Com duas contendas, uma pela categoria máster e outra pela de veteranos, prosseguiu nesta sexta-feira (14) o certame de futebol sete do D.E.R.
No primeiro embate da noite futebolística, os quadros do Máster do Ferroviário e Grêmio 5 de Setembro adentraram ao tapete verde tentando a primeira vitória na competição, mas como somente um pode vencer, o Máster do Ferroviário abiscoitou os três pontos. Estrangulando o seu oponente no seu campo de ataque, com toques rápidos de primeira e com muita flutuação durante todo o duelo, o escrete da Vila Famosa, ainda no início da primeira metade foi ensacolando a turma do Grêmio 5 de Setembro. Fez um, dois e três, mas abusou em perder tantas chances reais de tentos que poderiam, ainda na primeira parte do prélio, ir para o livro Guines book como a maior goleada do ludopédio.
Na etapa derradeira os vencidos parcialmente, voltaram melhor posicionados e esboçaram uma pequena reação, quando logo de cara um dianteiro estufou a redes do Ferroviário e diminuiu a diferença, mas ficou só nisso. Mandando no confronto, o escrete da Estrada de Ferro foi ampliando e construiu a goleada final de 06 tentos a 01, onde o destaque foi o avante Kiko Guzula com uma atuação soberba. Derrubaram o arco do Grêmio 5 de Setembro os boleiros: Édino Tateto (01), Kiko Guzula (01), Clivati (02), Roque Quati (01) e Renato Ouriço Albino (01). O tento solitário dos perdedores foi do Edgar.
O clássico do nordeste, prélio mais esperado da noitada, onde os esquadrões de veteranos do Ceará Maguila e Ceará Motors, líderes invictos, se enfrentariam num baita jogo de bola, o melhor desafio realizado até aqui no certame deste ano. Como se previa e se concretizou, quando este humilde repórter observou na preleção dos dois treineiros, as orientações para que seus comandados não dessem espaço para os contrários e ficassem fungando no cangote deles, os jogadores levaram à risca, disputavam a redonda como se fosse um prato de rango, as vezes com força excessiva, não deixando os mediadores sequer piscar para acompanharem o lance no ato do fato. Era gadanhada para todo lado, mas é bom que se frise, na moganga. Lá e cá, aqui e acolá, faziam que os guapos se vissem em “papos de aranha” para guarnecer o seu arco, voaram mais que ave de rapina, pegaram até a “mãe do chapéu”. Mesmo tendo muito equilíbrio na pugna, o bando do Ceará Maguila atuava mais objetivamente, tanto é, que ainda na primeira fase, derrubou a cidadela do arqueiro Cilmar através de um tirambaço de perna esquerda, a meia distância, desferido pelo dianteiro Valdi. O arqueiro só foi batido porque tinha um bando de jogadores na sua frente. Com carimbadas, divididas, leivas de gramas que iam ao ar e, a redonda beijando várias vezes as traves, a primeira etapa findou com o placar parcial de 01 a 00 para turma do Ceará Maguila.
Se a primeira metade foi bem jogada, na segunda então, todos se superaram dentro das quatro linhas. Toques rápidos com muita movimentação e canudos de todo lado prenunciavam que qualquer das duas metas já cairia. Só prenunciaram. Os guapos estavam endiabrados, não batiam roupa, continuavam pegando até sombra e, a cada instante eram atendidos estirados no chão devido as portentosas defesas. Para sintetizar, foi um jogaço de bola, principalmente pela qualidade técnica, garra e respeito dos atletas com seu contendor, o que não ocorreu com alguns torcedores, que com os nervos nas “copas dos paus” soltaram de suas bocas algumas palavras de baixo calão. Alguns amigos disseram, gente de pouca leitura, deixa pra lá, são figurinhas carimbadas. Outros disseram, que nada, não liguem, são torcedores ferrenhos. É, a bola proporciona cada coisa…
Placar final de 01 tento a 00 para o Ceará Maguila. Destaques para todos os boleiros, em especial os arqueiros Cilmar (Ceará Motors) e Everton (Ceará Maguila).
Destaque especial para os mediadores Cleiton Silva e José Dirceu Swed – ótimo trabalho.