Com o acesso garantido, os esquadrões do Sul e do Sudoeste paranaense, Pantera Azul Dourada e Índio, respectivamente, se atracariam agora numa luta ferrenha para tentar fechar com chaves de ouro e abiscoitar o caneco de campeão estadual da Terceira Divisão de Futebol Profissional. Tendo como palco o famoso campo da baixada, conhecido na atualidade como Estádio Municipal Antiocho Pereira, as duas turmas foram para campo, porque, além de iniciarem o primeiro cotejo decisivo, também, para um tira teima, pois na fase classificatória cada um teve um triunfo sobre o oponente.
Por atuar em seus domínios, mesmo sem a presença da sua imensa torcida, e porque, nos dois enfrentamentos entre ambos, esteve desfalcado de peças importantes, o Áureo Cerúleo começou a contenda contrariando o que os torcedores esperavam, tocando a bola de forma lenta e praticamente só rondou a área contrária. Deveria forçar mais e fustigar a cozinha adversária. O Verê, da mesma formava, só que de forma mais rápida, somente conseguia tocar a pelota e não chutava para o gol. Sem arremates, os dois “onze” até aos 31 minutos não tinham desferido nenhum chute a gol, dando muita canja para as duas “becarias”, que num “cerca lourenço”, por não serem exigidas conseguiam dar segurança para o seus guapos. Coube ao Verê o primeiro arremate, mas o arqueiro Douglas, bem colocado catou a redonda com facilidade. Com os quadros somente rondando a meta contrária, quem levava vantagem era o quadro do Sudoeste, que com o resultado parcial, igual, decidiria com mais facilidade na sua casa.
Aos 45, a primeira chance real de tento iguaçuano. Após um centro de Vinícius, da meia esquerda, solto de marcação, Giancarlo testou pela linha de fundo, mas o auxiliar número dois, levantou o seu instrumento de trabalho. Escore parcial ficou em 0 x 0.
Voltando com três alterações no esquadrão, Sabiá em lugar de Giancarlo, Eto’o no de Fabinho e Gil substituindo o beque João Neto que saiu machucado, esperava-se um Iguaçu mais ofensivo, mas não foi esse o retrato, pois o Verê, parecendo que atuava no seu reduto, adiantou a sua marcação começando a por em polvorosa a retaguarda iguaçuana e, aos 8 minutos já perigava o arco guarnecido por Douglas. Atuando leve e solto, a boleirada visitante estava ditando as normas do cotejo e iam arrematando.
Somente aos 13′, o onze da Pantera se apresentava na zona do agrião contraria, quando Sabiá arrematou e aninhou a peca no fundo da rede dos antagonistas, mas o lance foi impugnado, onde o mediador interpretou como sendo offside. Como resposta, aos 15′, um dianteiro do Verê fez a pelota beijar o poste direito do guarda metas do Iguaçu. Aos 16, Lucas, fez o tento do Verê, mas sua senhoria, anulou por entender que o jogador estava em condição irregular.
Aos 17 minutos, após uma roubada de bola, Sabiá ao adentrar a grande área sofreu um tranco e foi derrubado. Primeiramente interpretando como penal, o juizão voltou atrás, e marcou a falta na risca área, cuja cobrança foi desperdiçada.
Quando eram 24 minutos foi protagonizada a primeira grande e real chance de tento da turma do Iguaçu. Após um cruzamento do lateral esquerdo Taigor, Gabriel embaixo da zona do perigo, numa bola difícil de ser arrematada, mandou por cima da meta, perdendo uma chance real de mexer pela primeira vez no escore.
Aos 34, tocando melhor a bola, o camisa 10, Vinícius, após passar por dois adversários, meteu uma bola açucarada para Eto’o, que indo na linha de fundo cruzou achando Guilherme, que em uma gingada sensacional, ludibriou dois beques ficou nas barbas do arqueiro, desferindo um chute no canto esquerdo do guapo Alan, mexendo no marcador, 1 a 0 para a Associação Atlética Iguaçu.
Com a abertura do placar, o prélio ficou pegado e os contendores não perdiam a viagem em algumas vezes se viu uma touceira indo ao ar. Mais postado na sua retaguarda o Iguaçu se segurava e, o Verê, partia com tudo em busca do seu tento de igualdade. Não conseguiu, e a Pantera, deu um passo importante para abiscoitar o caneco, triunfando na primeira porfia.
Que fique bem claro, que o triunfo neste cotejo não garante nada ao Iguaçu, até porque, o Verê é um time “encardido” e demostrou um ótimo futebol, deixando evidente que a contenda lá será muito difícil e, para quem tem, os “nervos de aço”.
Salientou-se muito no elenco do Iguaçu o camisa 10, Vinícius. É diferenciado.
Ficha técnica do confronto
Associação Atlética Iguaçu 1 x 0 Verê F.C.
Estádio Municipal Antiocho Pereira – União da Vitória – 16 de dezembro – quarta-feira.
Renda e público – portões fechados devido a pandemia.
Mediador – Luiz Alexandre Fernandez (São José dos Pinhais). Auxiliado por: Luciano Roggenbaum (Curitiba) e João Cleber Cecatto Wagner (Curitiba).
Tento: Guilherme (34′ 2°).
Cartões amarelos: Taigor e Eto’o pelo Iguaçu. Pelo Verê: Lucas e Vasconcelo.
Disputou a Associação Atlética Iguaçu com: Douglas, Adriano Lara, Leo Gaúcho, João Neto (Gil), Taigor, Mancha, Gabriel, Vinícius, Euler (Cristian), Giancarlo (Sabiá) (Guilherme) e Fabinho (Eto,o). Treinador: Richard Malka.
Combateu o Verê F.C.: Alan, Tiago (Kaike), Ieger, Diego, Vasconcelos (Casemiro), William, Flávio, Lucas, Andrei, Andrews e Martinelli (Luiz). Treinador: Sandro Costa Resende.
Fotos – Rafael Diego.