MEU AMIGO ÁRBITRO

MEU AMIGO ÁRBITRO

Coisas da bola

Coisas da bola são relatos de fatos vividos por mim, histórias contadas por amigos e outros frutos da minha imaginação.

Qualquer semelhança será puro acaso.

“Jair da Silva Craque Kiko”

Era uma partida decisiva, quem fosse vitorioso estaria classificado para mais uma grande final da Taça Paraná de futebol amador.

Na metade da semana saiu a escala dos árbitros e por incrível que pareça o juiz escalado era um amigo meu.

Na sexta-feira anterior ao jogo eu já tinha “mexido os pauzinhos” e o árbitro já estava hospedado na minha residência. E foi roda de samba, pescaria e passeios pelo lugar, tudo boca livre. Diga-se de passagem, aquele recanto onde eu morava era lindo, quem chegava se encantava com a natureza.

O mediador já sabia do resultado que precisávamos, na pior das hipóteses era “não me ajude, mas não me tire”.

E no domingo, a casa estava lotada. A diretoria colocou vários ônibus para trazer os torcedores que moravam no interior do município. As emissoras de rádio local e de todo o sudoeste se faziam presentes.

Então, rolou a “deusa branca”, e cada disputa de bola era como se fosse uma enxadada. Os dois times se entregaram de alma e coração e o “pau comeu solto”. Não se sabe ao certo onde começou. Brigaram os 22 jogadores, mais os reservas das duas equipes. Quando os ânimos estavam mais calmos o juiz se dirigiu a mim e me expulsou. Para terminar a história, mesmo jogando com um atleta a menos, nós conseguimos a classificação para mais uma final.

Após o término da partida, fui perguntar ao “amigo árbitro” porque tinha me expulsado e ele me respondeu que tinha certeza absoluta que eu era o único jogador naquele momento que não iria agredi-lo e ele tinha um nome a zelar (naquele ano foi escolhido como melhor árbitro da Federação Paranaense de Futebol e um dos melhores do Brasil).

Após o jantar na sede do clube, fomos até a minha casa que ficava a uma distância de 30 km da cidade, o amigo árbitro pegou sua bagagem e rumou com destino a Curitiba, onde morava.

É mole… ou quer mais… É verídico.

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