A ansiedade pela estreia estava na copa dos paus. O frio na barriga dos boleiros se fazia presente. Sabiam, que a imensa torcida estava de olho. Nas prosas, os dianteiros matadores tinham prometido tentos e artilharia. O markting longe do palco verde fora bem feito.
Os trabalhos preparativos dentro do relvado, físico e técnico, foram puxados. Estavam na ponta dos cascos. Boas condições lhes foi dado. Viajaram na véspera em busão especial. Rangaram do bom e do melhor. Nanaram em ótimos colchões de um hotel de primeira.
O mínimo que se esperava era o coração, não só na ponta, mas em toda chanca. Tinham que fazer de tudo para não serem chamados de filas-boia pelos torcedores fanáticos, que já noite adentro da sexta-feira marcaram presença na encruzilhada perto da Sede iguaçuana. Lá deixaram, Pinga, fita preta e vermelha pedindo ajuda para o “Preto Véio”. Também, uma taça de champanhe cheia de pétalas de rosa fora oferecida para a “Pomba Gira”, pois uma ajudinha a mais seria a garantia de um triunfo. Acompanhando as ofertas, um bilhete enrolado escrito em caderno de caligrafia e amarrado pelas fitas vermelha e preta com o seguinte escrito: “Amarre os cambitos do Galo Maringá para não bimbar contra o arco da Pantera” (E, não é de vê que no cotejo o arqueiro da Pantera não chegou a sujar a farda).
Também, judiando uma ave, amarraram os pés e cegaram um galo preto com uma venda nas cores azul e amarela, como se estivessem atando as canetas e cegando as vistas dos canelas duras do Galo Maringá.
“Saravá, meu pai”. Tudo estava conspirando. A Pantera deveria dar uma patada no Galo “minguéra”. Era isso que se esperava. Era isso… era isso…
Às 15:30 horas, enfim, a moganga rolou. Até aos 25 minutos o Galo Maringá teve mais posse de bola. A partir daí, quando o Iguaçu avançou as suas linhas, passou a ter domínio e teve duas chances de derrubar a cidadela contrária, uma delas, nas barbas do arqueiro, quando Nixon pegou mal na redonda e perdeu uma feitura de um tento imperdível. O escore parcial ficou em 0 a 0.
Para a segunda metade os dois quadros voltaram sem alterações. Bem distribuído dentro do relvado o Iguaçu voltou e dominava as ações, com lances mais pelo setor da meia cancha. A partir dos 30 minutos, com várias mudanças nos dois “onze”, o Galo adiantou as suas linhas, começou a perigar e o prélio ganhou em emoção, mas nenhum dos esquadrões arrematou com perigo para gol.
Em uma análise fria, a contenda foi igual, tanto é, que ninguém conseguiu derrubar a cidadela contrária. Fica no ar, se o Iguaçu adiantasse mais as suas linhas, talvez o resultado fosse outro. O pontinho colhido fora dos domínios pode ser considerado bom, desde que se consiga os três pontos dentro do reduto, aí, é só sair para o abraço rumo a primeira divisão.
Ficha técnica do cotejo
Galo Maringá 0 x 0 Associação Atlética Iguaçu.
Estádio Municipal Albino Turbay – Cianorte – 12 de abril de 2025 – 15:30 horas.
Apitador – Matheus Leonardo Kulkamp Liar. Auxiliado pelos bandeirinhas Vinícius Martinelli Gomes e Victor Hugo dos Santos Mendonça.
Renda – 840,00 – público – 84 torcedores.
Cartões amarelos – Pelo Iguaçu: Gustavo, Kevlin, Pablo e Vandinho. Pelo Galo: Romailson, Vinicius e Fábio.
Cartão vermelho – Renan Cunha Brito (treinador de goleiros do Galo Maringá) por chutar uma bola no campo de jogo para ganhar tempo.
Chutaram pelo Galo Maringá: Caio 1, Romailson 2, Nailson 3 ©, Kaio Henrique 4, Davi 5 (Wilkerson), Junior Prego 6, Dhiordan 7 (Noto), Fábio Magrão 8, Adiel 9 (Vinícius), Leandro Cordova 10 (Fabricio), Guilherme Papaléo 11 (Iruan). Treinador Rafael Andrade Marques.
Litigaram pela Associação Atlética Iguaçu: Douglas Baldini 1, Quintanilha 2 (Natan), Kevlin 3, Thawan 4, Pablo 5, Morrassi 6, Luís Gabriel 7, Gustavo 8, Vandinho 9 (Neto Baiano), Nixon 10 © (Nino Rocha), Tiziu 11 (Gabriel Viana). Treinador Richard Malka.
A Pantera Azul Dourada volta para campo no próximo dia 20 de abril, no Estádio José Carlos Galbier, quando enfrentará o Nacional.
Mídia – Rafael Diego.
