Indicado por alguns amigos Imortais da ALVI – Academia de Letras do Vale do Iguaçu e incentivado pelos leitores dos meus escritos, coloquei o meu nome pleiteando uma cadeira Academia de Letras. Ao receber a notícia que a minha candidatura fora homologada tive uma tremedeira e senti um frio pelo carretel da espinha. Lágrimas brotaram.
Sentado no meu museu estúdio, com as vistas a se perder, ao longe, vi as veredas trilhadas como se estivesse passando uma fita de cinema pela minha cabeça. Voltei na minha infância, muitas vezes, sofrida. Chorei mais.
Nasci vencendo. Vindo à luz, já comecei peleando pela vida. Antes de um ano, por crerem que eu ascenderia precocemente, desenganado pelos homens da medicina, por duas vezes tive colocado em minhas mãos uma vela acesa, diziam, que era para voltar com claridade a casa do Pai. Mas, Ele achou por bem me deixar por aqui. Eu teria algo a cumprir nessa vida terrena. Eu teria que fincar os meus mourões neste chão muito amado. Creio que alguns finquei.
O triunfo desta noite de sábado, prova que tudo é possível. O piá crescido entre as três fronteiras dos bairros pobres e humildes, Linha Velha, Triângulo Ferroviário e Beco Sobaco da Cobra teve mais uma grande vitória. Tenho noção do que me tornei, pois, três pilares me deram o sustentáculo durante a minha jornada até aqui: A família, a Fé e o Futebol.
Peço humildemente que o Papai do Céu continue me abençoando, permitindo que eu tenha sempre ao meu lado a minha família amorosa e meus muitos amigos companheiros de jornadas inesquecíveis.
Gratidão… Gratidão… Gratidão… só gratidão ao Papai do Céu.



