Mais uma decisão de vaga do campeonato paranaense de futebol. O primeiro embate no campo do adversário, lá em Ponta Grossa, tínhamos empatado pelo escore mínimo. Devido a uma melhor campanha, jogaríamos em casa por uma simples vitória que nos daria a classificação para a próxima fase.Treinamos a semana toda com foco no esquema de jogo do nosso oponente. No último treinamento coletivo senti um desconforto na parte posterior do joelho esquerdo, que, a princípio, não me tiraria da peleja decisiva.
Horas antes do cotejo, procurei o treinador para lhe comunicar que a dor no joelho tinha se acentuado e que era melhor ele escalar outro boleiro para não prejudicar a equipe. Ele argumentou que o reserva da posição era um menino do juvenil e escalá-lo seria uma temeridade. Então, fomos procurar o médico da equipe, lá naquele hospital no alto da colina, para tentar uma solução. Fomos informados que ele estava viajando e não havia nenhum médico ortopedista. Inclusive, o plantão médico do hospital estava sendo feito por um dentista. Falamos com o dentista e após ele me examinar sugeriu fazer uma infiltração, que deveria ser feita no vestiário, antes da partida. De comum acordo, foi feito o procedimento e eu fui para o confronto. A infiltração era para anestesiar a parte onde existia a dor, só que anestesiou a perna toda, fazendo com que eu perdesse a sensibilidade. Foi um sufoco aguentar até o término do embate, mas conseguimos ganhar e manter um tabu de não termos nunca perdido para esta equipe da Princesa dos Campos (Ponta Grossa).
Esse fato relatado, serve para justificar e mostrar o porquê do encerramento precoce na minha carreira de atleta, pois muitas vezes, um atleta inexperiente é induzido e, outras vezes até obrigado a atuar com infiltrações anestésicas, que a posteriori podem lhe trazer limitações para praticar o esporte, como o meu caso.
Um outro fato que pode ser conclusivo nesta minha resenha é que: “Seja qual for o problema, sempre procure um profissional específico da área”.