Naquele 25 de junho de 1972, o Fantasma de Fronteira receberia no Estádio Enéas Muniz de Queiroz e faria a primeira apresentação interestadual em um prélio amistoso frente ao quadro campineiro da Associação Atlética Ponte Preta.
Corria o papo pelos bastidores, que tal embate, além de prestigiar a massa torcedora iguaçuana era para uma possível negociação do defensor de miolo de área, Schavalla, para o elenco paulista.
Se apresentando abaixo da crítica, o elenco das cidades irmãs levou um vareio de bola, onde a Ponte Preta demonstrou como se pratica o verdadeiro futebol. O setor defensivo do Fantasma levou um chulé dos avantes pontepretanos, pois a zagueirada iguaçuana era envolvida facilmente. Mauro na lateral direita não conseguiu achar o ponteiro Tuta. Schavalla e Nire batendo cabeças no miolo da defensiva eram infernizados pelo ponta de lança Valdomiro. Pelo lado esquerdo defensivo, Santos tomava um suador de Ditinho e era driblado com facilidades.
No setor de criação, Manfrine e Dicá, davam as coordenadas deixando os meicas do Fantasma, Dito e Jorginho, a ver navios, principalmente por Jorginho ser um jogador ofensivo, o que sobrecarregou o seu companheiro de posição.
No setor de ataque, com jogadas esporádicas, o tanque Joaquim, na base da raça e de trombadas, incomodou o arco de Valdir Peres e foi considerado o menos ruim do escrete, sendo que, os seus colegas de ataque pareciam que dormiam dentro das quatro linhas, principalmente o ponta esquerda Duda que foi o mais fraco da contenda, inclusive foi vaiado pela torcida e cornetado por vários repórteres esportivos.
Mesmo mandando na contenda, o primeiro tento paulista saiu somente aos 27 minutos da primeira metade, quando Dicá, cobrando uma falta de maneira colocada fez a redonda beijar as redes do arqueiro iguaçuano Paulo Henrique. Quatro minutos mais tarde, após um carnaval feito pelo ponta esquerda Tuta, que cruzou, a defensiva do quadro da casa parou e Ditinho mandou para o fundo dos cordéis uma bola facilmente defensável. Mais uma falha do guapo da Pantera Iguaçuana, que já estava questionado pelos torcedores, pois tinha entregado o ouro na derrota para o União da Bandeirantes e engolido três penachos. Justiça se faça com o golquíper iguaçuano, que em todo o campeonato paranaense, vinha fazendo defesas portentosas, e de repente, em dois jogos, tomou gols defensáveis, fazendo lembrar umas das máximas do futebol: “O goleiro vai do céu ao inferno em pouco tempo, pega tudo e de repente leva um peru”.
Com 2 a 0 no placar e mandando na porfia, o treinador Rubens Minelli se deu ao luxo de fazer várias alterações na Macaca, sem que isso resultasse em uma queda de rendimento do seu esquadrão.
Resultado final de 2 a 0 para a Macaca campineira.