Como o tempo de hibernação de figuras eleitas para um mandato no poder legislativo está acabando e, muitos para tentar manter o cargo estão saindo da toca, conto um curto causo entre um candidato e um eleitor, tentando mostrar que muitas vezes a recíproca é verdadeira.
Em tempos de eleições, o funcionário e metido a boleiro sempre pedia uma ajuda para o seu chefe vereador e candidato à reeleição. Como trabalhavam na mesma empresa, normalmente lograva êxito, sempre garantindo ao chefe que seu voto era dele. Isso aconteceu em várias eleições.
Em certa época, após ter participado de um campeonato promovido pelo SESI, a equipe da firma onde o vereador e o pseudo-amigo boleiro trabalhavam, ganhou a vaga para disputar um campeonato em um país da Europa. Para que pudessem viajar para o exterior, os atletas e comissão técnica necessitavam de passaportes. Então, foi centralizada a entrega da documentação para providenciar o passaporte. Todos os atletas entregaram a documentação, com exceção do boleiro. Entre a documentação exigida estava o título de eleitor. Foi aí que a casa caiu para o boleiro, pois ele não tinha título de leitor. Sabedor do fato, o chefe vereador ficou fulo da vida e ergueu o boleiro nos “ovos”. Como que a cada eleição você vinha pedir coisas garantindo que o teu voto era meu se nem título de eleitor você tem? Porque tanta falsidade? Segundo dizem, as relações de amizade ficaram estremecidas e a moleza no trabalho acabou para o boleiro.
