Tentando repetir o feito de 1964, a diretoria do Ferroviário E.C de União da Vitória montou uma verdadeira seleção para tentar buscar o bicampeonato no ano de 1965. Nos treinamentos e amistosos, dava para ver que a equipe estava jogando “redondinho” e o esquema de jogo imposto pelo treinador Faísca era ofensivo e muito ousado.
Estreando em casa e, mesmo tendo uma atuação exuberante contra o Internacional de Pato Branco, o time não foi além de um empate em 2 a 2, em que pese ter desperdiçado uma penalidade máxima, pois o atacante Nenê bateu mal e o goleiro defendeu.
No jogo de volta lá em Pato Branco, a equipe entrou atuando com uma postura bastante ofensiva e dominou todo o primeiro tempo, saindo vencedora na primeira metade regulamentar pelo escore de 3 tentos a 0. Dois gols do Jorginho (que depois atuou pelo Iguaçu) e um do Izauri.
Para a segunda etapa, o esquadrão da Vila Famosa entrou com a mesma postura e, imprensando o adversário mandava no jogo. Pressionado pelo atacante Nelsinho, que estava no banco de reservas e queria entrar no jogo, o treinador Faísca resolveu fazer alterações para satisfazer o avante. Tirou o zagueiro Joanides (que estava atuando bem), pediu para o meia Álvaro Pelanca atuar na zaga. Recuou para o meio campo o atacante Jorginho e efetivou a entrada do atacante Nelsinho. Como podemos ver, toda a estrutura da equipe que vinha jogando bem, foi modificada. Ainda com o agravante, o meia Álvaro Pelanca se negou a recuar e atuar de zagueiro. Diante dos fatos ocorridos e sem um zagueiro de área, o adversário cresceu na peleja, empatou e a posteriori reverteu o placar para 4 tentos a 3.
Segundo comentários dos atletas e imprensa da época, essa equipe do Ferroviário era melhor tecnicamente do aquela que tinha sido campeã um ano antes. Talvez por desmandos e falta de comando técnico a equipe descarrilhou e foi eliminada precocemente do torneio.