AH! ESSE FUTEBOL QUE AMO TANTO. CONTINUA PREGANDO PEÇAS E MAIS PEÇAS.

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Uma pequena réstia de esperança, mesmo que quase invisível, era vista. Era o que ainda tinha a Pantera Azul Dourada. Um pinguinho de chance, mas também teria que contar com tropeços de terceiros.

Ao longo do certame, a muito custo, a Pantera subiu um “degrauzinho” aqui, outro ali. Também tropicou em instantes que não poderia. Beijou à lona, mas não de vez, ainda tinha alguns respingos de chances. Capengando chegou nesta penúltima rodada com a réstia bem fraquinha, onde era triunfar e somente triunfar. Era, de vez, para muitos, um confronto definitivo. Tinha que ganhar e ganhar dentro do reduto. O confronto era com o vice-líder, o vermelhinho Paranavaí, já classificado.

O público que foi para campo, sofreu e sofreu. A peleia era pegada, truncada. Não faltou raça e determinação. O sofrimento era evidente nas arquibancadas e alambrados. Dentro do relvado a disputa não encantava. Uma chance daqui e outra de lá. O tempo corria contra a Pantera Azul Dourada. Terminou a primeira metade sem que ninguém mexesse no placar.

A etapa derradeira começou quente. Mudanças, algumas por atacado, nos dois “onze”. O balão continuava sendo judiado e em muitas disputas viris a boleirada parecia que queria quebrá-lo. O cronômetro marcava 27 minutos e lá vai segundos, quando a Pantera sofria uma falta em sua linha ofensiva. Morassi foi o encarregado de chuveirar na zona do agrião do Paranavaí. Uma leva da turma iguaçuana foi para lá. O balão foi alçado. A becaria dos visitantes deu mole, comeu mosca. O capotão teve endereço certo na cocuruta do dianteiro Maicon, que solteiro por ali, usou e abusou. Testou meio que de raspão, aninhando a redonda no fundo dos cordéis. O tão esperado tento iguaçuano deu o ar da graça. A massa foi à loucura.

Com o tento, a Pantera cresceu de produção e continuava fustigando. Aí, aconteceu aquilo que só o futebol pode proporcionar, pois não está entregue quem continua peleando. Eram decorridos 47 minutos, finalzinho dos acréscimos. Com os dois esquadrões já arrastando os cambitos, o Paranavaí no desespero adiantou suas linhas. Em um sururu na cozinha iguaçuana, o dianteiro Riquelme, no chuta daqui e rebate de lá, viu a pelota à sua feição. Não teve dúvidas, talvez pedindo ajuda aos deuses do futebol, recebeu uma arfada de fôlego e na correria decretou a igualdade, 1 a 1. Tristeza e gritos dos torcedores. Não adiantava de nada espernear.

Levantando as mãos para o alto, o mediador trilou o seu referee. O prélio fora encerrado, mas com um consolo. A réstia ainda continuava, só que agora com uma diferença, um pouquinho mais visível, pois os concorrentes à classificação para a próxima fase deram bobeira e não somaram pontos, e mesmo com este empate em seus domínios, a Pantera Iguaçuana saiu da rabeira, está em oitavo lugar, e agora, somente depende de si para conseguir a vaga no mata-mata. E, tem outro atenuante, dependendo dos demais resultados, mesmo não triunfando na última rodada, passará para a próxima fase e não sofrerá o temível rebaixamento para a terceirona.

A luz está mais acesa que nunca. E não só os deuses do futebol serão procurados. A certeza é uma, que nas encruzilhadas próximo do Antiocho Pereira, na sexta-feira, muitos entes receberão oferendas.

Comentava-se também nos bastidores pesados, em frente ao boteco no Estádio, que só por um pouquinho de segurança, os chutadores do esquadrão das Cataratas do Iguaçu, mesmo já estando classificados, receberão a visita do homem da mala preta ou branca, escolham uma, para lhes dispender uns trocos destinados a comprar uns doces paras as crianças.

Relatório da contenda:

ASSOCIAÇÃO ATLÉTICA IGUAÇU 1 X 1 A.C. PARANAVAÍ

Estádio Municipal Antiocho Pereira – União da Vitória-PR.

01 de junho de 2025 – domingo – 19°C.

Mediador – José Mendonça da Silva Junior. Bandeirinhas – Sidmar dos Santos Meurer e Roberto Rivelino dos Santos Junior. Quarto árbitro – Andrei da Silva.

Renda e público – R$ 32.760,00. 1.219 pessoas.

Tentos – Maicon (27’2°) para o Iguaçu. Riquelmi (47’2°) para o Paranavaí.

Amarelados – Júlio e Kevlin do Iguaçu. Jorginho, Riquelmi, Dudu e Jonas pelo Paranavaí.

Peleou o Iguaçu: Prezzi 1, Junior 2, Alex 3 © (Patrick 14), Kevlin 4, Júlio 5, Lucas Franco 6 (Maicon 16), Fogliato 7 (Sony 18), Gustavo 8, Flávio Renê 9 (Vandinho 19), Robinho 10 (Quintanilha 15) e Morassi 11. Treinador – Rodrigo Casca.

Alinhou o A.C. Paranavaí: Matheus 1, Anderson Tanque 2, Manzoli 4, Luanderson 5, Gleidson 6 (Dionatan 23), Dudu 14, Jorginho 21, Jonas 15 (Maikel 10), Deyvid 11 (Francisco 19), Luan 22 (Riquelme 25) e Luiz Fernando 7 (Genesis 9). Treinador – Fahel Junior.

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