Era 09 de março de 1975. Em sua segunda rodada, a Associação Atlética Iguaçu enfrentava o Grêmio de Maringá pelo campeonato paranaense no Estádio Enéas Muniz de Queiroz e precisava da vitória para uma possível classificação. O jogo corria solto e a pantera azul dourada estava a frente no placar, ganhava de um a zero, gol do centroavante Ali. O time adversário pressionava no campo de ataque. O áureo cerúleo se defendia de toda a maneira. A partida estava chegando ao final e era catimba de todo lado.
Naquele tempo eram utilizadas somente duas bolas para uma partida de futebol e, o treinador da Associação Atlética Iguaçu, Juvenal Ruppel, no afã de ganhar tempo, furou uma das bolas com um canivete, além de que, sacou um meia atacante e me colocou de cabeça de área para garantir o resultado. Nesse ínterim, aos 40 minutos do final da partida, o time do norte do Paraná conseguiu o empate, através de centroavante Hélio Pires.
Após o gol de empate, um zagueiro do time nortista, sabendo que só havia somente mais uma bola para continuar o embate, chutou- a para o mato, em direção aos trilhos da RFFSA. Foi aquele sururu, pois os gandulas não conseguiram encontrar a redonda para reiniciar a partida. A solução encontrada foi emprestar uma bola do Ferroviário, bola que era utilizada em treinos, velha, oval e que tinha sido repintada pelo “guarda esporte” do time da Vila Famosa. Logo no primeiro chute a bola furou. O árbitro, então, encerrou a partida. O tiro saiu pela culatra, o placar terminou empatado e o Iguaçu ficou praticamente fora da próxima fase do paranaense.
Fui testemunha ocular, pois quando o treinador furou a bola eu estava junto.