ASSOCIAÇÃO ATLÉTICA IGUAÇU – CHEQUE VERDE NÃO!

ASSOCIAÇÃO ATLÉTICA IGUAÇU – CHEQUE VERDE NÃO!

Coisas da bola

Coisas da bola são relatos de fatos vividos por mim, histórias contadas por amigos e outros frutos da minha imaginação.

Qualquer semelhança será puro acaso.

“Jair da Silva Craque Kiko”

Naquela quarta-feira mais um treinamento coletivo estava marcado para a Pantera Iguaçuana. Enquanto fazíamos aquecimentos com a brincadeira do “bobinho” (quem jogou bola sabe do que estou falando), a diretoria do auri cerúleo estava reunida na sede do time, anexa ao Estádio Antiocho Pereira.

A notícia que corria era da nova contratação da equipe, diziam que era um jogador famoso, que já havia passado por grandes times do futebol brasileiro. Nesse ínterim, enquanto ainda estávamos no trabalho de aquecimento, eis que adentra ao gramado o famoso atleta que se apresentou e nos cumprimentou um a um. Disse ele que estava em negociação com a diretoria e após a reunião iria negociar as bases do contrato. Como estávamos com os salários atrasados e o presidente fazia pouco caso das nossas reclamações e só nos enrolava, resolvemos abrir o jogo para o futuro contratado. Contamos tudo o que estava acontecendo e o alertamos, que, se aceitasse a proposta do clube, tomasse cuidado na hora de receber as luvas e que não pegasse o cheque do talão verde, pois o talão verde era o dos cheques sem fundos, ia e voltava. O atleta, então, foi chamado e, após conversas com a diretoria, acertou as bases do novo contrato. Na hora de receber as luvas lá veio o dito cheque do talão verde, que, prontamente, foi recusado pelo novo contratado. Ele alegou que tinha azar com a cor verde, que tudo que se relacionava a ele no tom verde era desgraça pura. Queria receber em dinheiro ou com cheque de outro talão. Conversa vai, conversa vem, o presidente baixou a guarda e aceitou pagar as luvas com cheque do talão vermelho, só que tinha uma condição, disse ele, o cheque seria pré-datado para quinze dias. O atleta aceitou, assinou o contrato e tudo bem.
Pensamento do presidente que se julgava malandro: dou o cheque pré-datado para quinze dias, nesse tempo o atleta participa de duas partidas e perdendo ou ganhando a classificação para a próxima fase, eu cancelo o cheque.
No outro dia, assim que o banco abriu, o atleta descontou o cheque. Quando o presidente soube que tinha sido enganado virou uma arara. O mais importante de tudo isso foi que conseguimos a classificação para a próxima fase do campeonato e metade das luvas recebida pelo craque (que jogava muito) foi dividido entre todos os atletas. “Faço isso em agradecimento a vocês por terem me avisado sobre o presidente malandro quirera”, disse o jogador.

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