ASSOCIAÇÃO ATLÉTICA IGUAÇU E O PRIMEIRO COTEJO INTERNACIONAL

ASSOCIAÇÃO ATLÉTICA IGUAÇU E O PRIMEIRO COTEJO INTERNACIONAL

Coisas da bola

Coisas da bola são relatos de fatos vividos por mim, histórias contadas por amigos e outros frutos da minha imaginação.

Qualquer semelhança será puro acaso.

“Jair da Silva Craque Kiko”

Por ser a sua primeira partida contra um time estrangeiro, várias dúvidas pairaram no ar para um diretor iguaçuano, que quase cancelou o amistoso. Alguém, não conseguiram descobrir quem, incutiu na mente dele que para o embate ser realizado era necessário um árbitro internacional e que os pagamentos teriam que ser em dólares e, que era o caso de alguém ir buscar nos Estados Unidos.Tal dúvida só foi esclarecida quando ligaram para a Federação Paranaense e conseguiram as informações corretas.O árbitro poderia ser qualquer um que apitasse na liga local. Para o pagamento era só depositar no Banco do Brasil o valor contratado, em dólares.

Então, foi atado o confronto e, naquele mês de junho de 1972 a Associação Atlética Iguaçu, realizou o primeiro choque internacional, contra o quadro do Danúbio do Uruguai.

Em seu primeiro embate internacional e estreando um novo treinador, de nome José Huergo, o áureo cerúleo voltou a se apresentar abaixo da crítica, com um futebol bem aquém do que apresentava frente aos quadros que enfrentava no Alçapão da Vila Famosa.

Com a equipe uruguaia tendo em seu elenco atletas jovens, bastante técnicos e catimbeiros e, porque o arqueiro iguaçuano continuava em péssima fase, com a mão furada, onde tomou dois frangos e a Pantera foi derrotada pelo escore de 3 tentos a 1. Após tomar os dois perus, o guapo do Iguaçu foi sacado aos 30 minutos da primeira metade e saiu chorando de campo. Entrou em  seu lugar, o guarda redes Roque, que teve uma atuação insegura mas não foi culpado do tento tomado.

Na retaguarda, conhecida como cozinha, retornou na  posição de titular o ala direita Bugrão, que não comprometeu e deu mais segurança por aquele setor. Mauro improvisado no miolo de zaga, juntamente com Nire, não comprometeu, sendo Nire o mais lúcido por aquele setor, só que devido a reclamações infantis junto ao mediador da contenda, foi expulso. Pelo lado esquerdo, Santos jogou o básico feijão com arroz.

No setor pensante, que era o  melhor da equipe, ultimamente tem deixado a desejar, pois Dito Cola sente, e muito, a ausência do seu companheiro Índio que está machucado e, com o seu atual companheiro Jorginho não conseguem repetir as boas atuações, pois com a dispensa de Kid, ainda comentada, não tem um reserva a altura e a meiuca não vem bem.

Pelo lado ofensivo central, o matador Joaquim que é um centroavante imprevisível e seu irmão Paulinho levaram lampejos de perigo à cidadela estrangeira. Pelas pontas, Lourival e Duda, pontas direita e esquerda, respectivamente atravessam uma fase negra em suas carreiras.

O único tento do time da casa foi “achado” pelo ponta esquerda Duda, por ter sido um gol “espirita”.

Pela primeira vez em sua vida arbitrou um clássico internacional o Sr. Arnaldo de Oliveira, mediador local, com boa atuação.

Iniciaram o cotejo, pela Pantera Iguaçuana os boleiros: Paulo Henrique, Bugrão, Mauro, Nire, Santos, Dito Cola, Jorginho, Lourival, Joaquim, Paulinho e Duda.

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