ASSOCIAÇÃO ATLÉTICA IGUAÇU – E O SHOW DO WILTON

ASSOCIAÇÃO ATLÉTICA IGUAÇU – E O SHOW DO WILTON

Coisas da bola

Coisas da bola são relatos de fatos vividos por mim, histórias contadas por amigos e outros frutos da minha imaginação.

Qualquer semelhança será puro acaso.

“Jair da Silva Craque Kiko”

Conversando com amigos relembrávamos dos áureos tempos do futebol profissional paranaense, para o qual o campeonato regional tinha uma importância muito grande para as principais equipes, fato que não ocorre hoje em dia. Durante esse bate-papo comentávamos sobre os grandes atacantes que passaram pelas equipes do nosso futebol. Nesse contexto surgiram nomes de grandes ponteiros, pois, na época, esquemas com atacantes jogando pelas extremidades do campo era o que estava em voga. Destaco aqueles em que tive o prazer de ser adversário e marcá-los em uma partida, como Buião (Corinthians e Atlético Paranaense), Nilton Batata (Atlético Paranaense, Santos e Seleção Brasileira), Paraná (São Paulo e Colorado), Freitas (Grêmio Maringá), Afonso (Umuarama e Palmeiras) e Wilton (Fluminense e Coritiba). Em todas as situações contra esses atletas consegui lograr êxito com exceção do ponteiro coxa branca, Wilton, o que me fez rever os conceitos e ter vontade de abandonar o futebol profissional.

Atleta de formação na base da Associação Atlética Iguaçu, eu tinha sido alçado como titular e vinha fazendo boas partidas, não dando espaço aos adversários, e pensava comigo mesmo: se eu estiver bem fisicamente e marcar em cima não vai ter pra ninguém, pois jogar eu sabia. Na realidade, eu estava “me achando” e foi naquela noite no Belfort Duarte (hoje Couto Pereira), que caí na real. Ninguém é insubstituível e bom o suficiente. Aquele jogo contra a equipe do Coritiba foi a partida em que mais fui exigido, o ponteiro coxa branca me deu um passeio de bola. Não consegui achar o homem, ele era veloz e driblava para os dois lados. Dei graças a Deus quando a partida terminou. Perdemos por um a zero e por minha pura sorte o gol adversário não saiu no meu setor, tendo em vista que não consegui ganhar nenhuma do ponteiro. Após o término da partida, eu estava tão cansado e sem forças até para retirar o uniforme.

Na viagem de volta da capital, eu apaguei e tive pesadelos com o atacante. Mas como diz o ditado, é vivendo e aprendendo que eu, por meio dessa partida, tive um amadurecimento como atleta e ser humano.

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