No futebol, a palavra dada não consegue vencer o dinheiro e, esse fato é o que rege o esporte. Pelo vil metal se deixa de lado a retidão, e a tendência a individualização se mostra inerente ao ser humano. Pessoas querendo mais, precisando de mais para satisfazer o ego, é o que se vê na vida cotidiana e, no futebol não é diferente. A propensão ao individual, as vezes chega a ser trágico. Há quem diga que a fama enriquece o patrimônio, só que se esquece que na maioria das vezes empobrece o ser humano. A malandragem no futebol dentro e fora de campo vive paralelamente. Dentro de campo, a catimba e a malícia fazem parte da enganação ao atleta adversário para obter a vitória sempre levado ao cunho coletivo. Já do lado de fora, muitas falcatruas são feitas para benefício próprio daqueles que comandam e tem o poder.
E nós, eu e você, que durante o cotidiano somos massacrados pela correria para sobrevivermos, nos deixamos levar, para no domingo no campo de futebol, extravasar. A emoção toma conta da razão.
O futebol, bem ou mal, tem sido o analgésico do povo brasileiro.