HOMERO EUCLIDES SCHWARTZ – ONDE PISA SEMPRE FAZ A DIFERENÇA.

HOMERO EUCLIDES SCHWARTZ – ONDE PISA SEMPRE FAZ A DIFERENÇA.

Iam-se os anos da década de 1940. Precisamente 1944. Na costa direita do majestoso Rio Iguaçu, que é atravessado pela ponte férrea, cujos trilhos unem as cidades irmãs, a prole do senhor Gustavo e da dona Euclídia Schwartz fora aumentada. Dava o ar da graça neste chão outrora contestado, aquele varão, que longe de qualquer possível imaginação, traria arraigado em suas entranhas um amor especial pelo esporte, principal meio de socialização do Sul das terras das araucárias e do planalto Norte barriga verde. Dia 23 de abril dava a primeira arfada e vinha ao mundo o Homero Euclides Schwartz, mais tarde conhecido como Merão.

À época, muito do povo sofrido desta terra, ainda se fazendo ver nas noites sob a claridade de lampiões, sem água encanada nos lares, onde as manivelas desciam e subiam dentro dos poços trazendo os baldes de água cheios até a boca, Homero levava uma vida de lida nada fácil, mas já tinha como principal meio de lazer o futebol.

Tendo como principal meio de comunicação as emissoras de rádio dos grandes centros, durante a noite o que se ouvia era um jogo de futebol. Por este chão das cidades, antes de ser considerado como o Esporte Rei, o ludopédio já era praticado nas infinidades de campinhos. Bastava ter um pequeno terreno – às vezes íngreme e cheio de guanxuma – uma goleira era montada e, o “capotão” – para quem tinha um – comia solto. Entre uma pelada e outra, lá estava o Merão, aliás, a família toda sempre estava envolvida. Ainda criança de tudo, bem pequenote, ao acompanhar o esporte bretão no bairro em que morava testemunhou prélios épicos. Teve o prazer de ver dentro das quatro linhas jogadores que marcaram época no futebol amador de Porto União e União da Vitória. Jogadores bons de bola que integrariam os elencos dos principais esquadrões das cidades. Viu ao vivo, craques como Ezídio, Alídio, Décio, Munir Paganotto, Alceu Paganotto, Edson, João Lourival Matoso Lolo, Toni, João Maria Pacassi, Valdomiro Nicolak Canário entre tantos.

Desde pequeno, com facilidade em se enturmar, Merão, além de dar as suas bicudas, deixava que se apercebesse o tino que tinha em organizar, tanto é, que ao longo da sua vida como jogador de futebol deixou aflorar cedo o dom em organizar eventos esportivos.

Ainda moleque, com braços e pernas alongadas deixava ver que teria uma estatura além da mediana e se tornaria um beque muito respeitado pelos dianteiros contrários. Se na vida do dia a dia se tornaria um gentleman, de fino trato, dentro das quatro linhas não daria moleza, baixaria o sarrafo ao defender as cores do seu esquadrão. Morando no conhecido bairro São Cristóvão, diariamente tinha que passar pela ponte férrea Machado da Costa para se dirigir até a sua escola no centro da cidade de União da Vitória, a Escola de Aplicação “José de Anchieta”. Nesse trajeto, passava o maior perrengue. Caminhando sobre um dos dois pranchões dispostos no meio entre os dois trilhos de ferro ele atravessava o Majestoso Rio Iguaçu para ir estudar. Quando acontecia de vir um comboio puxado por uma Maria Fumaça, tinha que ficar se equilibrando em uma das laterais da ponte que não tinham nenhuma proteção. Ao mínimo descuido poderia cair nas águas do caudaloso rio. Passado o comboio, poderia retornar ao centro dos trilhos para dar continuidade à travessia. E assim foi até o final do ano de 1956.

Corria o ano de 1957. Mudando de emprego, saindo da empresa Madeirense Ruthemberg localizada no Bairro São Cristóvão, seu pai fora admitido na firma Bernardo Stamm no bairro São Bernardo, passando a residir em uma casa da empresa. Com isso, a vida do Homero Euclides Schwartz também sofreu uma mudança radical. Estudando agora no Colégio Estadual Túlio de França, nas horas vagas peleava pelos campinhos da redondeza e nas serragens das fábricas naquele canto da cidade.

 

                                                    ARMAZÉM AMAZONAS FUTEBOL CLUBE

Com a voz engrossando, rondando aos 15 anos começou a trabalhar no conhecido Armazém Amazonas e usando o seu senso de organização, junto com os seus amigos também funcionários, Fritz, João Carlos, Sokol e outros fundaram o esquadrão do Armazém Amazonas. Disputando contendas amistosas nos vários campos das cidades irmãs e região o esquadrão ficou muito conhecido e os laços de amizades que só o futebol pode proporcionar aumentavam a cada peleja.

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Armazém Amazonas Esporte Clube – Década de 1960.

Em pé: Ari Neumann (presidente), Henrique, Homero Euclides Schwartz, Neco, Leonel, Sokol, Stürmer, Dario, Itacir Marcante e Fritz. Agachados: Nicolau Honesko, Alceu, Zé Coas, Zeco e Cabral.

 

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Armazém Amazonas Esporte Clube – Estádio Antiocho Pereira – 1968. Em pé: Ivair, Gilson, Nelson, Sokol, Valdemar, Zeco e Homero Euclides Schwartz. Agachados: Godofredo Schwartz, Dalbó, Osni, Elígio, Fritz e Chico.

 

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Armazém Amazonas Esporte Clube – Festival esportivo em Paula Freitas-PT – 1968. Em pé: Homero Schwartz (treinador), Paulo, Valdemar, Ivair, Godofredo Schwartz, Sokol, Zeco e Coelho. Agachados: Bodinho, Nelson, Zezinho Coas, Jair, Fritz e Chico.

                                         

                                                             PARANAENSE ESPORTE CLUBE

O tempo passava já a passos largos e a bola continuava a estar presente cada vez mais na vida do Homero. Juntamente com o amigo João Carlos Coas, em 13 de julho de 1959 fundaram o esquadrão do Paranaense Esporte Clube. Com o amigo João Carlos Coas na presidência o Homero ficou como secretário. Tendo de início a sua Sede no campo da rua Joaquim Távora, mais tarde no campo em frente a firma de Bernardo Stamm, na rua Dr. Cruz Machado, o quadro pelou e ficou conhecido nas cidades e em vários municípios do Paraná e Santa Catarina. Embora com uma passagem efêmera dentro das quatro linhas, o esquadrão do Paranaense Esporte Clube está registrado nos anais da história de Porto União e União da Vitória, graças ao seu jogador e secretário Homero, que primava pela organização e ainda hoje tem-se conhecimento das suas atuações através dos vários registros e súmulas históricas.

Entre tantos palcos verdes, tiveram o prazer de contar com atuações do Paranaense Esporte Clube os gramados do Ferroviário E.C., Paranaense, Pirai, Taubaté, São José, São Bernardo, Palmeiras, São Cristóvão, Antiocho Pereira, Estádio Municipal de Porto União, Flamenguinho das Casas Populares, Campo do Gentil e do Iguaçu.

Campanha do Paranaense Esporte Clube

1959

Em 21 prélios triunfou por 11 vezes. Sofreu 6 reveses e ficou na igualdade por 4 vezes. Seu artilheiro foi o dianteiro Humberto Schwartz com 23 tentos. Derrubou as cidadelas contrárias por 87 vezes. A sua meta caiu por 72 vezes. Teve um saldo positivo de 15 tentos.

Teve premiados com medalhas de destaques: o seu arqueiro Carlos Stavis e o considerado melhor jogador de linha, o Adelino.

1960

Litigou em 19 contendas.  Obteve 5 Vitórias. Sucumbiu em 9 pelejas. Empatou em 5 prélios.  Seu homem-gol foi o vanguardista Humberto Schwartz. Estufou as redes contrárias 11 vezes. Teve como melhor golquíper o Gaspar. Sua linha de frente balançou as malhas adversárias com 44 gols. Sua frágil retaguarda tomou 60 tentos, ficando com saldo negativo de 16 gols.

1961

Peleando por 15 vezes conseguiu 6 Vitórias. Perdeu 5 cotejos e empatou 4. Como nos dois anos anteriores, o seu homem-tento foi o lépido extrema Humberto Schwartz que aninhou a peca nos cordéis dos contrários em 13 tentos. O esquadrão marcou 67 gols e sofreu 67. Ficou sem nenhum saldo.

Por iniciativa do presidente e do secretário, foi instituído “O Livro de Ouro”, com a intenção de arrecadar fundos para o quadro. As receitas eram as mensalidades que os jogadores deveriam pagar. Na época, equivalendo praticamente à moeda atual de R$ 5,00 por mês. O saldo desta arrecadação está até hoje devidamente guardado com as notas em dinheiro, mesmo não valendo mais nada. O Livro teve a assinatura do Senhor Domício Scaramella, ex-prefeito, e, do Sr. Anibal Khury, ex-vereador, ambos deputados estaduais na época, representantes da cidade na Assembleia Legislativa do Estado do Paraná. Também conforme consta no Livro de Ouro, um cidadão, ofereceu um jogo de camisas, mas, desde que constasse no Livro o seu nome. Só que até hoje não foi vista a “cor” das ditas camisas.

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Bloco de mensalidades, saldo em dinheiro e ficha de atleta (contrato até três anos).

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LIVRO OURO 

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 Paranaense Esporte Clube – Campo do Gentil – Década de 1960. Em pé: Godofredo Schwartz, Dalbó, Tirso, Jipão, Ivair e Homero Euclides Schwartz. Agachados: Waldir, Nininho, Júlio, Noka, Nenê e Ibrair. 

 

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                                                               SÃO BERNARDO FUTEBOL CLUBE

                                                               “Uma paixão para todo o sempre”

Com o seu pai trabalhando na empresa Madeireira Bernardo Stamm e residindo em uma casa da firma, o esquadrão do São Bernardo F.C., patrocinado pela empresa, também começou a fazer parte da vida e coração do menino Homero. Ainda em 1957 tentou fazer parte do elenco juvenil, mas por ainda ser meio “garraio” não conseguiu participar do elenco.

Como infantil, atuando pelo “Jacaré da Lagoa Preta”, alcunha do quadro do São Bernardo F.C., disputou os excelentes e muito bem-organizados certames no Ginásio São José no município vizinho de Porto União-SC. Aglutinador que era, o Merão conseguiu junto com vários amigos levar uma imensa torcida para aqueles prélios. Fizeram bonito nas escadarias que eram utilizadas como arquibancadas naquela competição.

Com a idade estourando não pode mais participar como infantil. Convocado e comandado pelo treinador Athanazildo Bastos Nogueira Zildo começou a vestir a camisa do alvinegro santista fazendo parte do elenco juvenil nos anos de 1961 e 1962.

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Infantil do São Bernardo F.C. – 1961 e 1962. Em pé: Menegássio, Pedro Ferreira, Godofredo Schwartz, Pizatto, Ivair, João de Bota, Ibrair e Wille. Agachados: Darci, Marquetti, Neisinho, Boneca e Jipão.

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 Juvenil do São Bernardo F.C. – 1962. Em pé: Darci Silveira Queijo (árbitro), Athanazildo Bastos Nogueira Zildo, Neisinho, Ervino, Pedro Seco, Valmor Graboski Salmoura, Homero Schwartz, Ernesto, Raimundo e Menegássio. Agachados: Altamiro, Zezinho, Paulinho Riesemberg, Pedro Ferreira, Carlinhos, Humberto Schwartz e Gentil.

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Aspirantes do São Bernardo 4 x 1 Porto Vitória E.C. – 11/04/1964 – Alçapão do Porto Vitória. Em pé: Odilon Cruz da Silva Bala, Homero Schwartz, Deoclides, Wille, Mafra, Cirico e João Maria Tavares (treinador). Agachados: Luizinho, Romão, Iberê, Pedro Ferreira, Agostinho Coas e Mágico.

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Homero Schwartz recebendo a faixa de campeão da sua irmã Léa Luiza. Prélio no Estádio Bernardo Stamm contra o Botafogo da cidade de Canoinhas. Placar final 2 a 0 para o Jacaré da Lagoa Preta.

                                 

                                                       DEFENDENDO AS CORES DO UNIÃO E.C. 

Nos anos de 1965, 1966 e 1967 foi convidado para defender as cores encarnadas do União E.C. sagrando-se tricampeão nos aspirantes por aquele tradicional esquadrão. Retornando para seu quadro de coração, em 1969 foi campeão pela categoria de titulares do São Bernardo F.C.

União Esporte Clube – Tricampeão 1965/66 e 67. Entrega de faixas. Da esquerda para a direita: Coronel Felisbino Rocha (presidente), João Maria Tavares (treinador), Hudo, Walter de Oliveira, Miguelzinho Oliveira, Lizandro Aminger, Lizeo Aminger, Betinho Aminger, Juja Chila, Douglas Chila, Alcir Sapo, Homero Schwartz, Tétio Tabacheik, Jair, Osmar, Edgar Alves (diretor), Clóvis Pacheco (diretor) e João de Lima (diretor).

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Elenco do União E.C. – Estádio Antiocho Pereira – 1966. Em pé: Homero Schwartz, Gomes, Falcão, Getúlio, Betinho, Delis e Bala. Agachados: Linguiça, Rui Cachoeira, Dalmaz, Zani Dalton Farah, Cleo, Lizandro e Moreno (massagista).

 

                                       O MAIOR E MELHOR ORGANIZADOR FUTEBOL DE SALÃO

Participando do Grupo de Jovens na Capela Nossa Senhora de Fátima, no Bairro São Bernardo, em União da Vitória, Homero Euclides Schwartz também fez parte da fundação do Clube da Lagoa. Participou ajudando na construção de uma quadra de esportes confeccionada em cimento bruto com a finalidade de propiciar a prática dos esportes entre a juventude que frequentava a liturgia na igreja do bairro. Naquela quadra, as modalidades de voleibol, basquetebol e futebol de salão deveriam ser praticadas para socializar todos os jovens, principalmente os de cunho religioso. Como aglutinador e organizador nato, foi convidado para ser diretor de esportes do Clube da Lagoa. De início, na primeira reunião ficou resolvido que seria organizado um Campeonato de Futebol de Salão, que começaria na segunda quinzena de julho de 1972, ficando acertado também que anualmente promoveriam certames de férias nos meses de janeiro e julho de cada ano.

Com o decorrer dos tempos, sempre contando com diversas equipes tradicionais e de empresas, na primeira participação se inscreveram 12 agremiações. Em anos seguintes chegaram a participar até 39 equipes. No período de 1972 a 1977, foram realizados 10 campeonatos de férias, sempre em julho e janeiro de cada ano. O campeonato teve grande repercussão nas cidades de União da Vitória, Porto União e região, ficou tradicional e era esperado com ansiedade. Inclusive, na reta final dos certames, os jogos eram transmitidos pela Rádio Colmeia, de Porto União-SC. Com tamanho sucesso das competições, a direção do Clube da Lagoa, na pessoa do Merão, obteve a ajuda da Prefeitura Municipal de União da Vitória, administrada pelo então prefeito Alcides Fernandes Luiz, tendo frente à pasta da Comissão Municipal de Esportes o senhor Gilberto Brittes. Foram feitas melhorias no piso de cimento da cancha e no sistema de iluminação, o que melhorou muito para a prática do futebol de salão, tendo em vista que a quadra de jogo não possuía cobertura. Durante os dez anos em que foram realizadas competições e vários esquadrões se destacaram. Os esquadrões que mais se destacaram foram sem sombras de dúvidas, a Relojoaria Rubi que foi tricampeã e o Águias da Vitória com o pentacampeonato. Também os esquadrões da Mecânica Unidos e do Come Dorme Futebol e Cachaça fizeram bonito.

Possuindo uma quantidade monumental de material, entre fotografias, registros e súmulas, que foram doados para o Acervo Histórico de União da Vitória-PR, tem-se a comprovação do vasto trabalho que o Homero Euclides Schwartz teve em organizar e preservar a história do campeonato de futebol de salão do Clube da Lagoa. O primeiro Campeonato foi realizado em julho de 1972 e o último em 1977.

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Equipe Águias da Vitória – Pentacampeã de futebol de salão do Clube da Lagoa.

Fazendo parte ainda da direção do Clube da Lagoa, em meados da década de 1970, o Merão realizou vários eventos que repercutiram nas cidades irmãs. Dentre eles, lutas livres com astros de Curitiba que se apresentavam à época na TV Paranaense canal 12. Com lotação total, lutas eram realizadas no Ginásio de Esportes Moisés Lupion, anexo ao Colégio Estadual Túlio de França (o único com cobertura e piso em madeira). Astros lutadores como Ted Boy Marino, Joia, Verdugo entre outros se enfrentaram naquele ringue improvisado.

Amante do esporte, colaborador profícuo em todos os sentidos, pau para toda a obra, Homero também ajudou a promover no Estádio do São Bernardo (Bernardo Stamm) touradas, torneios de laços e montaria.

 

                                                       MOTO CLUBE DE PORTO UNIÃO DA VITÓRIA

Varávamos o ano de 1974. Em 18 de fevereiro com a fundação do Moto Clube Porto União da Vitória, Homero fazia parte da diretoria fundadora. Deu muita contribuição ajudando a organizar e realizar inúmeras competições que fizeram com que o nome de União da Vitória ficasse conhecida em todo o Brasil. Entre tantos eventos, nominamos vários:

1974 – 1ª Etapa do Campeonato Paranaense – 17 de março.

1974 – 3ª Etapa do Campeonato Paranaense – 05 de agosto.

1975 – 1ª Etapa do Campeonato Paranaense – 17 de março.

1975 – 1ª Etapa do Campeonato Brasileiro – 06 de julho – Tendo a coordenação da Confederação Brasileira de Motocross e Moto Clube Porto União da Vitória.

1975 – 3ª Etapa do Campeonato Paranaense – 31 de agosto.

1975 – 5ª Etapa do Campeonato Paranaense – 07 de dezembro.

1976 – 1ª Etapa do Campeonato Paranaense – 22 de fevereiro.

1977 – 4ª Etapa do Campeonato Paranaense – 28 de agosto.

1978 – 1ª Etapa do Campeonato Paranaense – 19 de fevereiro.

1978 – 1ª Corrida de Kart de Porto União e União da Vitória – mês de julho.

1979 – 2ª Etapa do Campeonato Brasileiro – 15 de abril – Coordenado pela Confederação Brasileira e Moto Clube Porto União da Vitória.

1980 – 2ª Etapa do Campeonato Paranaense de São Mateus do Sul – Coordenação do Departamento Técnico do Moto Clube Porto União da Vitória.

1981 – 2ª Etapa do Campeonato Brasileiro de Motocross – Coordenação da Confederação Brasileira e Moto Clube Porto União da Vitória.

1981 – Em 19 de fevereiro foram realizadas festividades para comemoração do 30° aniversário do Moto Clube Porto União da Vitória.

 

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Competição do Moto Clube Porto União da Vitória.

                                                    

                                                              TORNEIOS DE FUTEBOL DE SALÃO

Na década de 1970, o futebol de salão seria praticado de forma marcante nas cidades irmãs, ainda que fosse peleado em canchas de cimento de tamanho menor que as atuais. Sabendo das suas habilidades em organizar competições dessa modalidade esportiva, para todo e qualquer evento o Homero era requisitado e sua era presença certa. Diz-se, fora talhado para isso.

1973 – Coordenador do torneio entre clubes sociais que levou o nome do desportista e professor Isael Pastuch – Participaram: Clube Apolo, Clube Concórdia e Clube Aliança.

1975 – Jogos Regionais do Paraná 7ª Região – União da Vitória foi campeã de forma invicta. Participaram as cidades de Lapa, Francisco Beltrão, Palmas, Coronel Vivida, Mallet, Bituruna, São Mateus do Sul e União da Vitória.

1976 – Jogos Regionais do Paraná – União da Vitória ficou em terceiro lugar.

1976 – Coordenador do torneio de futebol de salão na inauguração da cancha do Colégio São Cristóvão. Participação de 20 equipes.

1976 – Coordenador do torneio da inauguração da cancha do Grêmio Ribeiro Pires. Participação de 20 equipes.

1976 – Coordenador do torneio da inauguração da cancha do Ferroviário E.C. Participaram 16 equipes.

1976 – Coordenador do torneio de futebol de salão cidade de Porto União/Banco do Estado de Santa Catarina- BESC.

                                                             

                                                                        FUTEBOL PROFISSIONAL

Com o advento da Associação Atlética Iguaçu que foi fundada no dia 15 de agosto de 1971, a qual teve como seu primeiro presidente o Coronel Gianordolli, Homero Euclides Schwartz marcou presença na reunião no dia em que se fez presente o Presidente da Federação Paranaense de Futebol, Dr. José Milani e outros membros da entidade máxima do futebol do Estado do Paraná. Junto com o presidente da L.E.R.I. – Liga Esportiva Regional Iguaçu, senhor Otto Conrado Grube, bem como, os representantes dos clubes dos filiados, a reunião aconteceu nas dependências do 5° Batalhão de Engenharia e Combate à época. Homero estava representando o São Bernardo F.C. Mais tarde, já no ano de 1972 foi convidado para ser diretor do Departamento de Publicidade do clube profissional, atendendo o convite do diretor Oswaldo Forte. Também em 1988, fez parte da Diretoria como 2° Secretário.

Os municípios de União da Vitória e Porto União ficaram muito conhecidos até em nível brasileiro devido ao desempenho da equipe profissional, principalmente nos seus primeiros anos de vida, tendo inclusive participado várias vezes da Loteria Esportiva, sistema de aposta à nível nacional.

Se por um lado, de início, o esporte bretão profissional teve um grande impulso, o futebol amador, que era de grandeza enorme, foi relegado a segundo plano e praticamente sucumbiu.

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                                                                     NOVA VIDA – EM ANTÔNIO OLINTO

No ano de 1979, por motivos profissionais foi morar na cidade de Antonio Olinto-PR, mas seu amor pelo esporte não lhe abandonara. Já conhecido no meio esportivo facilmente se enturmou, podendo-se afirmar com absoluta certeza que nos dias atuais adotou e foi adotado por aquele povo generoso. Como não poderia ser diferente, rapidamente se envolveu e participou de diversas atividades esportivas, sendo um grande incentivador. Por meio do seu conhecimento adquirido em atividades ao longo da sua trajetória, deu início a grandes certames e torneios, colaborando com o município na área de esporte e da educação.

Desde cedo Homero esteve na labuta. Não foi fácil. Ao conseguir conciliar o trabalho com os estudos, aos poucos foi galgando degraus e buscando o seu espaço na sociedade. Concluiu o curso de Contabilidade e entrou na Faculdade, onde se formou Professor. Além de atividades esportivas e educacionais, sempre manteve religiosamente o hábito de colocar no papel seu dia a dia. Procurou documentar tudo. Escreveu vários livros e, assim sendo, documentou praticamente todos os momentos nos lugares por onde conviveu, tornando-se também um historiador. Participou e tomou ciência da colonização de Antônio Olinto. Ele sempre teve o cuidado durante o tempo em que participou e organizou atividades esportivas, em guardar dados e documentos, desde atas de fundação, reportagens, fotos de reuniões. Arquivou o que foi possível e se dedicou paralelamente a documentar, relatar e divulgar as atividades de que fez parte.

Seguindo a sua premissa, participou ativamente das atividades esportivas de Antônio Olinto:

1980 – Coordenador do 1° Campeonato Municipal de Futebol de Salão – com a participação de oito equipes.

1981 – Coordenador do 2° Campeonato Municipal de Futebol de Salão – com participação de dez equipes.

1983 – Fundação e Instalação do Antônio Olinto Esporte Clube em 26 de março – fez parte da diretoria como 1° secretário.

1986 – Coordenador do 1° Campeonato de Futebol de Campo – 10 equipes participaram.

1989 – Responsável técnico nos Jogos Escolares do Paraná na cidade de Palmas na modalidade de Futebol de Salão, pela Escola Duque de Caxias.

1990 – Coordenador do 2° Campeonato de Futebol de Campo – participação de 14 equipes.

1992 – Coordenador do 3°Campeonato de Futebol de Campo – 14 equipes participaram.

1993 – Coordenador do 4° Campeonato Municipal de Futebol de Campo – 10 equipes participaram.

1996 – Coordenador do 5° Campeonato Municipal de Futebol de Campo – participação de 10 equipes.

1997 – Nomeado secretário da Comissão e Recreação e Esportes.

1997 – Coordenador do 6° Campeonato Municipal de Futebol de Campo – 10 equipes participaram.

1998 – Coordenador do 7° Campeonato Municipal de Futebol de Campo – participaram 4 equipes masculinas no Sub 17 e 4 equipes masculinas intermediárias e 5 equipes na categoria especial.

1998 – Coordenador do Passeio Ciclístico Municipal em parceria com a Paraná Esportes.

1999 – Participação no Campeonato de Futebol da Amsulpar – representou Antônio Olinto o esquadrão da Sociedade Esportiva Lagoa sagrando-se vice-campeã.

1999 – Participação nos Jogos do Paraná como coordenador esportivo do Futebol de Salão. Jogos realizados na cidade de Castro.

2000 – Responsável técnico no Campeonato Integração de Futebol entre Antônio Olinto/Lapa.

2003 – Comemoração de aniversário de 20 anos de fundação do Antônio Olinto Esporte Clube. Entrega de títulos de Sócios Remidos para todos os sócios fundadores.

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Defendendo as cores do BANESTADO de Antônio Olinto (1979-1989).

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Sociedade Esportiva Lagoa – Recebendo faixas pelo tricampeonato em 09/01/1993 – Peleou contra o Iguaçu de União da Vitória e perdeu por 3 tentos a 1.

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Sociedade Esportiva Lagoa – Pentacampeã de Antônio Olinto-PR. 

                                                 

                                                                  HOMENAGENS RECEBIDAS 

Por tanto tempo dedicado com muito amor ao esporte, as homenagens começaram a fazer parte de sua vida. Destacamos algumas:

1998 – Agraciado com o Troféu “Os melhores do Esporte” de 1997 pela Rádio Difusora do Xisto de São Mateus do Sul.

1999 – Agraciado com o Troféu “Os melhores do Esporte”. Recebeu o troféu Ervateira Baldo e Rádio Difusora do Xisto de São Mateus do Sul.

No ano de 2004 foi homenageado pela diretoria do Moto Clube Porto União da Vitória por ocasião do aniversário de 30 anos de fundação. Na oportunidade entregou para a diretoria um histórico do Moto Clube entre os anos de 1974 a 1981.

Em de 2005 lançou o livro Clube da Lagoa Shalon, onde relatou minúcias do certame de futebol de salão e do Grupo de Jovens do Clube da Lagoa de União da Vitória de 1972 até 1977. Pela dedicação ao esporte e pelo lançamento do livro, recebeu homenagem da Câmara Municipal de União da Vitória, através da Moção 70/2005, proposta pelo edil Cordovan de Mello Junior.

Fazendo uso da historiografia autodidata, em 2009 publicou o livro “O meu recado” onde narra e privilegia fatos do esporte em Antônio Olinto.

Corria o ano de 2010 quando foi agraciado com o título de Cidadão Honorário da cidade de Antônio Olinto. Em 2011 recebeu da Câmara Municipal uma placa alusiva referente ao novo livro lançado “O município de Antônio Olinto e sua história.

Já em 2019 recebeu uma placa da Prefeitura Municipal de Antônio Olinto fazendo alusão ao seu empenho em favor do esporte. Em 2022, foi homenageado pela Secretaria de Educação, Cultura e Esportes de Antônio Olinto em reconhecimento pelos serviços prestados ao esporte do município.

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Alguns troféus recebidos.

             

                               EPÍLOGO DESTA HISTÓRIA BIOGRÁFICA FEITA COM MUITO PRAZER 

O pouco do que foi contado aqui, pois a certeza de que muitas ações do desportista Homero ainda estão por ser reveladas, nos faz acreditar piamente, que através do esporte todos tem mais chances de trilhar o caminho do bem, ainda mais, quando se tem uma família envolvida nos meios esportivos. O protagonista destes belos feitos é um ótimo exemplo.

Através de pesquisas, lendo os seus livros e a sua biografia escrita pelo seu irmão Humberto, em conversas com amigos e pela nossa convivência no meio esportivo, ainda que pouca, sempre soube das qualidades do Homero Euclides Schwartz como desportista, dos seus valores morais e éticos. Dizem que a fruta não cai longe do pé, e esse ditado eu considero verdadeiro, pois os valores do Merão nos dão a certeza de que são de berço.

Um homem da sua sensibilidade, e que tem um forte vínculo com a natureza e com a fauna, só poderia ser desse naipe. Tanto é, que em sua residência havia um sabiá que vivia à solta, mas não cansava de sentar-se em seus ombros. Também um João de Barro pousava sempre em suas mãos. Isso é para poucos.

 

Amigo Homero, desportista nato, jogador, técnico, diretor, organizador de eventos, historiador, et caetera, foi um prazer imensurável escrever sobre você. Foi uma grande honra contar um pouco da sua trajetória esportiva. Você sempre fez e continua fazendo a diferença. Obrigado pela amizade.

Finalizo com essa frase que você conhece muito bem:

“O desporto será aquilo que forem os seus dirigentes e orientadores. Estes, serão julgados e avaliados pelos desportistas que o formarem” 

                                                                        GALERIA DE FOTOS

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