Um cotejo com boa qualidade técnica, em que pese o gramado estar escorregadio e a bola andasse mais rápida, foi o que se viu nesta tarde de domingo (06) no Estádio Antiocho Pereira, onde a Associação Atlética Iguaçu enfrentou o esquadrão do Araucária, líder do certame de 2019 do Campeonato Paranaense de Futebol Profissional da Série C. Precedido pela fama de ser um bom quadro, até porque estava invicta no certame e tem no seu elenco o artilheiro da competição, o Araucária tentou impor o seu ritmo de jogo, mas encontrou no onze iguaçuano, diferentemente do domingo anterior, uma equipe mais disposta em conseguir os três pontos. Uma contenda com várias nuances, onde o domínio territorial se alternava constantemente, deixava o público torcedor, principalmente o iguaçuano, com o coração nas mãos. Era lá e cá com os guapos se desdobrando embaixo dos três paus.
Aos 11 minutos, após a cobrança de um infração pelo lado esquerdo do ataque do Iguaçu, quando houve um levantamento para a área pequena, o gol quíper do Araucária saiu e socou a redonda. Ela foi de encontro da cabeça do ponta de lança Sábia e se dirigia para o fundo das redes, quando o ala direito iguaçuano, Pedrinho, em cima da linha da meta, em vez de deixar ela entrar, tocou na bola. Atendendo a solicitação do bandeirinha, o mediador anulou o tento.
Já aos 17, na cobrança de um tiro esquinado pelo lado direito do ataque, o meia atacante iguaçuano Alex chuveirou dentro da área contrária. O beque de miolo de área iguaçuano, Tosta, ao disputar com zagueiro adversário, levou a sorte quando a bola bateu no seu costado e se endereçou para o fundo do filó. Vencendo pelo escore mínimo, os avantes da Pantera abusaram em perder chances claras de gol, enquanto que o quadro contrário, em arremates de longa distância obrigava o arqueiro iguaçuano Régis a fazer defesas arrojadas e, em uma delas, tamanho foi o pelotaço, que bateu roupa e quase o artilheiro da competição derrubava a sua cidadela e empatava o duelo.
Com uma meiuca coesa e concatenada o Iguaçu teve uma leve superioridade e mereceu o placar parcial de 01 a 00.
Para a segunda metade as duas equipes voltaram sem alterações. Tentando uma melhor sorte na peleja, os comandados do treinador do Araucária, Ari Marques, foram para cima, mas encontraram a cozinha iguaçuana bem fechada, enquanto os seus dianteiros continuavam abusando em perder gols. Se o prélio já estava pegado e aberto, a dramaticidade aumentava a cada ataque dos elencos.
Com vantagem no placar, aos 30 minutos o treinador Richard Malka, sacou o ponta de lança Sabiá e fez adentrar o Rilber. Logo em seguido tirou Cleiton colocando em seu lugar o Matheus Paraná. Não se sabe se as substituições foram para tentar manter o escore ou para criar novas opções de ataque, até porque os que saíram, embora tivessem chances, não conseguiam derrubar a cidadela do time visitante. O que se percebeu, que com essas substituições o Iguaçu perdeu a sua ofensividade e sofreu uma virada no placar.
Aos 37 minutos, num voleio cruzado, Bruno, empatava. Aos 50 minutos, Luciano, da risca da grande área derrubava pela segunda vez a meta do guapo Régis. Era a virada no placar.
De tão pegado e nervoso que estava o jogo, o ala direito iguaçuano, Pedrinho, foi tomar banho mais cedo.
Já no final dos acréscimos, aos 56 minutos, na raça, Chimba empatava o dramático jogo. Placar final de 02 a 02.
Se tivesse um vencedor, pelas circunstância teria que ser o Iguaçu, até porque, o trio de arbitragem não esteve a contento, pois em um lance capital, validou um gol em completo impedimento, onde um dos bandeirinhas, além de indeciso em algumas marcações, também estava nervoso. Outro detalhe importante foi que o árbitro gostava muito de uma trova. Não tem que ficar falando, tem que apitar.
Renda R$ 24.430,00 para um público 1.236 torcedores.