PONTAGROSSENSE 01 X 01 A.A.IGUAÇU – 20/02/1972
Por ter sido responsável, segundo alguns diretores e membros da imprensa, pelos resultados negativos contra o Londrina e Coritiba e por não ter mais um ambiente favorável para executar o seu trabalho, o treinador Paulo Alves foi dispensado do comando do elenco iguaçuano. Assumiu em seu lugar, interinamente, na sexta-feira que antecedeu o embate contra o time da Princesa dos Campos, o Osvaldo Freitas. Segundo os jornais da época, pegou uma verdadeira bomba, mas com conhecimento do elenco, fez várias alterações e, na estreia conseguiu um importante resultado jogando fora de casa onde empatou com o líder do campeonato. Fez entrar o meia atacante Rotta e deu maior consistência no setor de criação das jogadas. Também, na metade da segunda etapa, lançou o garoto de Rio Azul, Lourival, que no pouco tempo que atuou armou uma verdadeira fumaceira no setor defensivo da Pontagrossense .
O início do prélio foi muito disputado e equilibrado e, a alternância dos ataques ficou evidenciada, era lá e cá. As duas defesas marcavam os atacantes em cima, não davam espaço e fungavam no cangote deles. A não ser por uma indecisão dos zagueiros iguaçuanos, Nire e Zé Mário, a bola sobrou para o ponteiro Djair, que não esperava, e no susto chutou a redonda para fora.
O espetáculo continuava corrido e equilibrado, quando aos 32 minutos, o avante iguçuano, Tanque Joaquim, conseguiu ludibriar os marcadores e fez um lançamento primoroso para o ponteiro direito Jorginho, que num toque rápido encobriu o guarda metas Arlindo e decretou a abertura no placar. Mesmo com a vantagem no placar o Iguaçu continuou mandando na partida até o final da etapa inicial.
Para a etapa final, o treinador do time princesino, Daltro Meneses, fez duas alterações no intervalo. Sacou Otávio e Filó, colocando em seus lugares, Wilson e Caravetti, para dar mais agressividade no seu onze. Já o time de União Vitória voltou para campo mais agressivo e melhorou em velocidade com a entrada de Lourival em lugar de Jorginho, sendo que, o ponto alto do elenco foi a sua defesa e o seu goleiro Jorge, que mais uma vez, teve uma atuação destacada.
Somente aos trinta minutos é que o time da Pontagrossense se lançou totalmente ao ataque, mas quem teve a melhor chance de gol foi o Iguaçu. Ao cobrar fraco um tiro de meta, o zagueiro Peralta entregou de bandeja a bola para o avante iguaçuano, Tanque Joaquim, que deu uma bomba. A bola ia entrando quando um zagueiro cortou a trajetória com a mão, a bola caiu nos pés de Lourival, que embaixo dos três paus, também quis dar uma bomba e, conseguiu o quase impossível, acertar o peito do goleiro Arlindo que mandou a deusa branca para escanteio. O juiz poderia ter marcado pênalti. Não marcou, justificou ele, é que o Lourival tinha 99% chance de fazer o gol.
Somente no fechar das cortinas, aos 44 minutos, em um bate rebate dentro da grande área do Iguaçu, a bola sobrou para o atacante Rubens, que derrubou a cidadela de Jorge. O empate estava decretado.
Ficha técnica da contenda
Pontagrossense 01 x 01 A.A. Iguaçu.
Estádio Germano Krüger – Ponta Grossa – 20/02/1972.
Juiz – Eraldo Palmerini.
Renda – Cr$ 11.531,00
Pontagrossense
Arlindo, Renato, Carlos, Peralta, Gracindo, Otávio (Vilson), Índio, Filó (Caravatti), Netinho, Rubens e Djair.
Gol – Rubens (1).
Associação Atlética Iguaçu
Jorge, Bugrão, Zé Mário, Nire, Santos, Dito Cola, Índio, Jorginho (Lourival), Rotta, Joaquim e Duda.
Gol – Jorginho (1).