O público que se fez presente na tarde deste sábado (04) no Alçapão da Vila Famosa saiu frustrado com o péssimo futebol apresentado pelos dois quadros. Em um prélio marcado pelo marasmo e baixa qualidade técnica dos pseudos artistas da bola, o embate deu sono e o problema maior dos boleiros foi a redonda. Durante todo o cotejo, o que se salvou foram os primeiros cinco minutos da primeira metade, prenunciando que seria um baita encontro futebolístico. Não foi.
O escrete visitante, se aproveitando do mau posicionamento do miolo de zaga da bicharada, logo aos 4 minutos abriu a contagem através do ponta de lança Tanque Barão. A zaga do Zoofer fez uma linha burra, e põe burra nisso, o avante contrário penetrou livre e arrematou sem chances para o guarda metas Sérgio Porco decretando a abertura no escore.
Aos 5 minutos, através de uma estocada pela direita, o avante Broca após levantar a cabeça, alçou a redonda na medida dentro da pequena área encontrando novamente o Tanque Barão que subiu sozinho e escorou de testa. A peca caprichosamente bateu no travessão e foi se aninhar nos fundos dos cordéis do guapo zooferiano.
Com dois tentos de vantagem, o esquadrão do Operário passou a administrar o placar e o Zoofer passou a atuar burocraticamente, sem nenhuma aspiração para reverter a contenda.
Muitos torcedores do time da Vila ficaram na bronca com o treineiro Preá, culpando-o pela péssima atuação do seu setor defensivo, onde deslocou o seu principal zagueiro de área, Sandro Gafanhoto, para atuar na ala esquerda. Com isso, a nova dupla de miolo de zaga começou titubeando e insegura, o que propiciou os dois primeiros tentos do Operário.
Como foi frisado, a partir dos cinco minutos iniciais, o bom futebol deixou de existir e os boleiros judiaram da pelota. Com isso terminou a primeira metade, onde a vitória parcial foi do elenco do Operário.
Já na segunda metade, a balão de couro continuou sendo judiado. Somente aos 25 minutos em uma trama dentro da área dos bichos, o beque central Peru colocou a mão na deusa branca cometendo a infração máxima, pênalti. Tanque Barão efetuou a cobrança com categoria e deu cifras finais na peleja.
O destaque do confronto foi o Tanque Barão (Operário) que fez três tentos. Foi secundado pelo Porquinho da Índia (Zoofer), que foi caçado durante todo o desafio e mesmo assim teve bons lampejos.
Iniciaram pelo Zoofer: Sergio Porco, Renato Ouriço, Ronilson Calango, Henrique Peru, Sandro Gafanhoto, Edilson Morcego, Xerife Gralha, Gaúcho Tartaruga, Elton Bocão Avestruz, Porquinho da Índia e Maurinho Camundongo.
Regras três que atuaram na segunda metade: Jair Chita, Zé Pavãozinho, Corvo Branco, Richard Cavalo, Adriano Foca e Marcos Coelho da Páscoa.
Treineiro: Marquinhos Preá.
Começaram pelo Operário: Miguel, Buck Sarampo, Tchuca, Fernando, Clodoaldo, Broca, Tucano, Savi, Iraí, Tanque Barão e Clevinho.
Reservas que entraram: João, Jian, Maciel, Polaquinho, Jeison, Célinho e Bife.
Treineiro: Édino Dias.
Anormalidades no clássico:
Ainda na primeira metade saiu contundido o atleta Maurinho Camundongo (Zoofer) com um possível estiramento na parte superior da patinha esquerda. Conforme comentários de bastidor, ele deu um “migué” após levar uma bronca do Xerife Gralha.
Também saiu contundido no tempo inicial, o beque de contenção Tchuca (Operário) que levou uma pancada na cabeça e ficou meio grogue.