Vindo de um triunfo dentro do seu reduto, onde venceu e convenceu, chegara a vez da Pantera Azul Dourada de descambar serra abaixo, para ficar cara a cara com o líder, até então invicto, o centenário esquadrão do Rio Branco Sport Club.
Tudo fora feito, peças novas no elenco. O astral estava no cume. Se preciso, que se levantassem leivas com as chancas, mesmo sendo relvado sintético.
Medo do líder? Que nada. Seria olho no olho, pau a pau. Pelo menos, era isso que a torcida iguaçuana esperava.
Com a bola rolando, já aos 4 minutos, no primeiro ataque vertical, de muitos, pelas extremas à meta iguaçuana, começou-se a sentir um cheiro de galinheiro. E, dito e feito. Num arremate pela direita, um penoso passou por entre as mãos do guapo Serjão. 1 a 0 para o Rio Branco, tento da figura Thales.
Jogando livre e solto, o quadro da casa era soberano. O Iguaçu teimava em permanecer na sua cozinha “bebendo um mate”. Somente aos 12 minutos peregrinou despois da linha divisória. Era necessário ir à frente, mas respeitava muito os donos da casa. O Rio Branco tocaca a redonda, como queria, sempre no campo iguaçuano.
Criando coragem o Iguaçu adiantou as suas linhas e por curto espaço teve a posse do balão, mas sem objetividade. Fictício. Em mais uma falha em erro de passe, aos 29 minutos o Rio Branco ampliava. Saci, que acabara de adentrar ao palco verde, foi o esticador dos barbantes.
Com 2 a 0 a seu favor, escore que permaneceu até o trilo findando a primeira metade, o Leão do Litoral passeou no sintético e o Iguaçu somente ficava no “cerca lorenço”. A cobra começava a pitar e soltava fumaça na turma iguaçuana.
E, veio a etapa derradeira. Pelo apresentado até então, a torcida tinha medo de uma possível sacola de tentos. O treinador pôs o dedo, mexeu no quadro. Entrou Mancha. Pela primeira vez com outra postura, já no um minuto e meio, Firmino fazia o primeiro tento da Pantera Iguaçuana. E, novamente Firmino, aos quatro minutos decretava a igualdade, coisa não esperada nem pelo mais otimista.
Com outra postura, parecia que o Iguaçu era outro time. O cotejo ganhou em emoção. Os da casa se lançaram ao ataque. Meteram duas bolas no pau da trave. O Iguaçu não ficou por menos, também fez o balão beijar o poste do adversário.
O Rio Branco se obrigou a ser mais afoito, foi mais para frente. O prélio ficou lá e cá. O Iguaçu também espremia o time da casa. A contenda ficou mais emocionante. Blitz dos dois lados. Sua senhoria, o mediador, acresceu 8 minutos para o trilo final.
No apagar da vela, já quase estando arreado as cortinas, aos cinquenta e um, o extrema esquerda Bryam liquidou com a Pantera, estufou pela terceira vez as malhas iguaçuanas. Escore final 3 tentos a 2 para o Rio Branco.
Infelizmente, vislumbra-se um possível descenso. Que vá de retro.
Ficha técnica do encontro
Certame Paranaense da Segunda Divisão de Profissionais.
Rio Branco Sport Club 3 x 2 Associação Atlética Iguaçu.
Estádio Municipal Fernando Charbub Farah (Gigante do Itiberê).
Paranaguá – PR – 25/05/2024 – domingo – 14° C.
Mediador – Selmo Pedro dos Anjos Neto. Auxiliado por Fernando Cesar Tobias e João Cleber Ceccato Wagner.
Tentos – Thales (4′ 1°), Saci (27′ 1°) e Bryam (51′ 2°) para o Rio Branco. Firmino duas vezes (1′ 2° e 4′ 2°), para o Iguaçu.
Cartões amarelos – Felipe, Davi e Bryam do Rio Branco. Pelo Iguaçu: Rogério, Wellington, Firmino, Paulo Rogério e Heverton.
Alinharam pelo Rio Branco – Felipe, Radeche, Lucão, Vidal, Gabriel Mello (Adiel), Biro Biro, Brinquedo (Saci), Elvis (cap), Caio Videira, Thales (Vitor) e Bryam – Treinador Fahel Júnior.
Envergaram o manto pelo Iguaçu – Serjão (Heverton), Lucas Guedes, Rogério (cap), Caio Sena, Luan, Sony, Mauri, Luigi (Mancha), Firmino (Tenório), Simplício (Paulo Rogério) e Cassiano (Paulo Henrique). Treinador – Rafael Andrade Marques.