Tudo o que tinha que ser feito na semana que antecedeu ao prélio contra o Paraná Clube, o foi, na risca. Tudo o que se esperava das arquibancadas, a grande massa dos torcedores ferrenhos fez de sobra, deu um verdadeiro show. Somente dentro das quatro linhas o esperado, deixou muito a desejar. O esquadrão da Pantera Azul Dourada não conseguiu derrubar o arco contrário. Também! quem não chuta não balança os barbantes.
Precisando e muito dos três pontos dentro do seu reduto, o onze iguaçuano não conseguiu burlar a vigilância do guardião Felipe, que praticamente se atirou em dois lances (não estamos mentindo), é só ver o “videoteipe” da contenda. Não sujou a farda.
Na realidade o Paraná Clube conseguiu o seu intento de uma maneira bem mais fácil do que se esperava. Achavam que o cotejo ia ser uma pedreira. Longe disso. Até parece que jogar para os lados se chega ao triunfo, se ganha jogo. Mas e o homem de área, o matador iguaçuano? Nas raras vezes que peregrinou pela zona do perigo contrário a redonda não chegou ao seus pés e, na maioria das vezes teve que recuar para ajudar na marcação, não sabemos se por iniciativa sua ou a mando do treineiro. E a blitz iguaçuana! Não teve fumaceira? Desde o início do certame não vimos a dita fumaceira por aqui. A torcida está ansiando por um randevu na cozinha contrária. Está ansiosa por um “tentinho” feito na marra e na raça. Tá difícil. O pior de tudo é que não está faltando luta, vontade, garra e o escambau. Será que não esta fazendo falta um líder nato, que chame a responsabilidade e comande os seus companheiros mesmo a revelia do seu comandante técnico? Pega aqui, marca ali, sufoca … aqui no meu terreiro o adversário não vai cantar de galo nunca. Vai no “meio”, joga no “fedô”, não deixa eles se criarem, se passar, “tóra no meio”. É! Esse machão dentro do palco verde está faltando para nós. Infelizmente.
Uma constatação do que já prevíamos, de que o poderio técnico e ofensivo de todos os litigantes que fazem parte desta segunda divisão, está baseada no equilíbrio. Não tem bicho papão. “Porra”. Então, porque jogar com as linhas atrasadas, onde deixamos muitas vezes transparecer que é o esquadrão iguaçuano o visitante? Porque temos pouca ousadia? Porque peleando em seus domínios o Iguaçu não sufoca durante os noventa minutos? Temos medo do quê? Será que o futebol mudou tanto … e quer o Iguaçu inovar … no tic tac.
Será que a imensa torcida iguaçuana está intimidando os nossos craques? Talvez esteja fazendo um efeito contrário. Essa boleirada nova nunca combateu com tanta assistência em um estádio?
Não deu dessa vez. Temos mais dois confrontos. Não podemos jogar os panos, mesmo que não dependa mais só de nós. Sorte para nós, pois estamos no mesmo barco. Iguaçuzão… Iguaçuzão… Iguaçuzão.
Ficha técnica do confronto:
Associação Atlética Iguaçu 0 x 1 Paraná Clube.
Estádio Antiocho Pereira – União da Vitória-PR – 11/06/2023 – domingo – 11:00 horas – 20°C.
Mediador – Robson Babinski (Santa Izabel do Oeste-PR). Auxiliado por Jefferson Cleiton Piva Silva (Coronel Vivida-PR) e Matheus Gurski Szymczak (Guarapuava-PR).
Renda – R$ 93.625,00. Público 4.296 torcedores.
Tento – Geovane Souza aos 7 minutos da primeira etapa.
Cartões amarelos: Lucão do Iguaçu. Luis Felipe, Romário, Geovane, Rafael, Guilherme, Júlio Cesar e Andson do Paraná Clube.
Cartão vermelhos – Lucas Guedes, Pablo e o técnico Ageu Gonçalves pelo Iguaçu. Pelo Paraná Clube, Ellinton e Luis Roberto.
Alinharam pelo Iguaçu: Léo Lopes, Lucão, Van Dal (Tabata), Heverton, Marcelo Boito, Adãozinho, Pablo (Oscar), Ícaro, Vandinho (Lucas Guedes), Romão (Uiler) e Ataliba (Ardley). Treinador – Ageu Gonçalves.
Atuaram pela Paraná Clube: Felipe, Luis Roberto (Anderson), Geovane, Júlio, Caio, Diogo (Rafael), Romarinho (Adílio), Romário, Liliu, João Gabriel e Gui (Pedro Santos). Treinador – José Herbert de Jesus Fahel Junior.