Tudo conspirava contra a estreia dos meninos do sub 20 iguaçuano no paranaense, que se iniciava nesta tarde de sábado, 14 de maio, em pleno Estádio Municipal Antiocho Pereira. Para começar o relato, o comandante técnico não foi registrado na Federação e não poderia comandar e dar apoio para os meninos, ficou longe do banco, atrás do alambrado. Três jogadores titulares não receberam a liberação do BID (Boletim interno da Federação) e não puderam adentrar às quatro linhas. Sem mais opções, o treinador Edinho Guerreiro mandou para o tapete verde o que julgava ter de melhor em mãos para enfrentar o Batel, da cidade de Guarapuava-PR.
A bola bola rolava e a piazada dos dois esquadrões disputavam como se fosse um prato de comida, não pipocavam nas divididas. Correria daqui e correria de lá, aos três minutos, após receber uma bola recuada, o arqueiro iguaçuano tentou a reposição com os pés. Não se sentiu bem, caiu e teve que ser substituído. Foi aí que o inesperado no futebol acontece, e os postulantes à titularidade, tem que estar preparados. Entrando em uma “fogueira”, o menino guapo considerado reserva, de nome Bahia, teve a incumbência de guardar a meta iguaçuana.
Embora o quadro do Iguaçu atuasse em seu reduto e já tivesse mexido no placar, vencia por 1 tento a 0, os visitantes, sem outra opção se lançaram ao ataque, e pressionando constantemente, desferiam arremates de todo tipo na meta agora guarnecida pelo jovem golquíper Bahia. Sem sentir em que “fogueira” tinha sido lançado, Bahia começou a dar show em defesas. Pegou até sombra e não se sentiu acovardado ao voar nos pé dos dianteiros contrários para defender o seu arco. Tomou o gol de empate através de uma cobrança de penalidade, aliás muito bem batida.
Emocionada, a grande massa torcedora, nunca vista ainda em uma simples contenda de Sub 20, vibrava com as defesas de arqueiro Bahia, que era muito aplaudido e ouvia o seu nome, em coro, ser saudado pelos torcedores iguaçuanos. Isso não poderia terminar assim, e não terminou. Quase no final do cotejo, em uma falta na entrada da área grande, questionada pela marcação, pois para os jogadores e para a torcida iguaçuana, a infração fora dentro da grande área, portanto seria penalidade. Colocado o balão de couro no lugar determinado pelo mediador, após o apito do referee, adivinhem onde a peca foi nanar? Foi no fundo das malhas do guarda-metas do Batel. Placar final, 2 tentos a 1 para a Associação Atlética Iguaçu.