Um pouco da sua história
Como sempre no nosso futebol amador, as equipes se originaram através de junção de amigos para jogarem bola nos campinhos existentes nas redondezas de suas moradias. Com o Avahi não foi diferente e, em 1948 os amigos, Silvio Passos; Jorge Mansur; Amadeu Bona; Jofre Mansur; Octacílio Barão; Juares Perly; Newton Perly; Getúlio Belino; João de Paula Lourival F. dos Reis; Eglair Penteado; Antonio Zarantoniello; Basílio; Cláudio Zarantoniello; Orestes Zarantoniello; Lauro Passos; Hélio Ruschel; Alípio Kaffer; Hamilton Silva; Hélio Stori; Ruby Goya; Edu Goya; Reinaldo Perly e José Silveira se reuniram e fizeram parte do primeiro elenco do Avahí.
Nesse ano de 1948, foi eleita uma diretoria provisória:
Presidente – Amadeu Bona; 1° Secretário – Sílvio Passos; 2° secretário – Octacílio Barão; 1° Tesoureiro – Jofre Mansur; 2° Tesoureiro – Juares Perly e treinador – Jorge Mansur.
Dia 24 de junho de 1949, na sede do Clube União, era registrada em ata a reunião que marcaria o aparecimento oficial do Avahi F.C., um dos maiores quadros esportivos das cidades irmãs.
Luiz Pacheco, representante comercial e torcedor do São Paulo, foi seu primeiro presidente, inclusive por ser são-paulino, escolheu as cores tricolores para a nova equipe. Seu primeiro uniforme foi doado pelo Sr. Oswaldo Forte, mas por um desencontro de informações na hora da confecção na cidade de São Paulo, em vez da cor preta, por engano foi colocada a cor azul. Em face do fato, ficaram então as cores vermelha, branca e azul como cores oficiais do esquadrão. O Sr. Amadeu Bona, um dos fundadores do clube utilizou o mesmo distintivo do quadro paulista, somente tirou a cor preta e colocou a cor azul. A letra “h” no nome da equipe foi colocada para diferenciar do Avaí de Florianópolis.
Primeira diretoria
Presidente de honra – Moises Francisco Farah; Presidente – Luiz Pacheco; Vice-presidente – Oswaldo Forte; 1° Secretário – Amadeu Bona e 2° Secretário – Olívio Buopo.
Em 12 de setembro de 1949, através de uma reunião extraordinária o Sr. Luiz Pacheco por problemas particulares renunciou a presidência, sendo então, efetuada nova eleição onde foi eleito o novo presidente o Sr. Danilo Cerqueira Leite. Na mesma reunião, por unanimidade o Sr. Luiz Pacheco foi eleito sócio presidente benemérito perpétuo.
Em 04 de fevereiro de 1950 o Avahi inaugurou sua primeira sede social na Rua Siqueira Campos, no edifício D. Maria em Porto União.
Em 04 de abril de 1950 assumiu a presidência o Sr. Domício Scaramella. Em virtude de ideias divergentes, bastante comuns no esporte, a equipe avahiana se desligou da L.D.N.C. (Liga de Desportos Noroeste Catarinense), de Porto União e se filiou na L.E.R.I. (Liga Esportiva Regional Iguaçu), de União da Vitória. Com essa mudança a equipe quase que se desfez, mas conseguiu superar os obstáculos e sobreviveu.
Em seu primeiro compromisso de certame, no ano santo, o Avahi empatou com o Ferroviário E.C, para no segundo jogo, perder para o São Bernardo F.C. por 3×1, num jogo em que houve briga e cenas lamentáveis.
Após esse fato, deram o Avahi, mais uma vez, como acabado e naufragado. No meio daquele “ninguém se entende”, onde opiniões divergiam, a direção do clube foi entregue à dupla Wilkys Amazonas Correia e Moisés Francisco Farah. Conhecidos como “ditadores”, deram conta do recado e aí o Avahi F.C. começou uma nova caminhada, com uma série de vitórias seguidas, que só terminou com aquela fantástica vitória sobre o União E.C. por 5 a 2.
O Avahi Futebol Clube marcou uma etapa gloriosa no futebol amador das cidades irmãs em sua época de ouro. Sua primeira e quer nos parecer a mais brilhante conquista foi no ano de 1950, sagrando-se campeão do certame promovido pela L.E.R.I. – nossa saudosa e inesquecível Liga Esportiva Regional Iguaçu, considerada à época, como uma das entidades mais bem organizadas do futebol paranaense. Foi o campeão do Ano Santo, título muito comemorado pela sua massa de torcedores.
Obs: Ano Santo era uma data de comemoração da igreja católica.
De todas as agremiações que passaram pelas ligas de futebol amador de nossas cidades o Avahi é a única que sobrevive ao longo dos anos bem organizado, onde em sua sede própria, guarda com zelo e muito carinho todo o seu acervo e troféus conquistados na sua trajetória.
O Avahi Futebol Clube teve dois momentos distintos. O primeiro foi da data de sua fundação até o ano 1989. A partir daí, a segunda, com membros torcedores de outros times que vieram a fazer parte do quadro associativo, quando então, com a ajuda de todos, começou-se a campanha para se ter a sede própria. O idealizador e pioneiro desta empreitada foi Jonas Miguel Rosa Godinho, pois tendo sido “mexido “ em seus brios pelos adversários clubísticos, que chamavam a equipe avahiana de time de malas nas costas, ou seja, não tinha uma sede própria. De mangas arregaçadas os diretores e também os torcedores avahianos foram atrás de recursos. A primeira etapa foi conseguir um local apropriado. Achado o local, então foi feito a negociação do terreno que era de propriedade do Sr. Décio Pacheco. Foi pago com um consórcio de um veículo Ford Escort. Na construção da sede podemos destacar entre tantos, os senhores Aguinaldo Meister (diretor do União E.C.) que doou todas as aberturas em ferro (portas e janelas), Domingos Forte doou o piso, Roni Meskau e Mário Ravanello doaram as madeiras para o forro e assim por diante.
Com a Sede pronta organizou-se um jantar onde muitos convidados também estavam presentes, inclusive, alguns daqueles que chamavam o Avahi de time com malas nas costas. Em tom de brincadeira estas pessoas foram homenageadas. Receberam uma mala pintada com as cores do Avahi.
Quando se fala em Avahi o primeiro nome que surge é de Jonas Miguel Rosa Godinho. Além de atleta já esteve à frente do clube como presidente por várias vezes. Tem sido o seu baluarte ao longo dos anos.
Destacaram-se, entre tantos, também os presidentes: Alcides Fernandes Luiz; Oswaldo Forte; João Antônio Farias; Farid Guérios; Ciro Ricci; Altair Aleixo Ilkiu; Edgar P. Grazziotin; Isael Pastuch; Olindo Eugênio da Silva; Alfredo Bagatolli; Alexandre Pastuchak; Humberto Zarantoniello; Antônio Socha Neto; Nicolau Zimmer; Joaquim Fernandes Luiz (Quinco); Jonas Miguel Rosa Godinho; Alfredo Portes (Dôdo); Miguel Forte Neto; Amauri Portes; Carlos Renato Portes; Mário Emílio da Silva; Gilberto Francisco Brittes; Carlos Alberto dos Santos; Dirceu Cândido e Vilmar Flaresso.
Entre tantos, fizeram parte do elenco ao longo dos anos:
Os principais atletas de nossas cidades passaram pelas fileiras do clube. Podemos citar João Teixeirinha (centroavante), Alceu Smaniotto (Ceceu) (ponta direita) e José Ruski (zagueiro) que fizeram testes na equipe do São Paulo na década de 1950, inclusive, João Teixeira (Teixeirinha) chegou a atuar pelo tricolor do Morumbi. Entre tantos, passaram pelo tricolor: Aderbal Ludka; Afonso; Agostinho Côas; Albino; Alceu Machado; Alcides Assunção; Alcir Teixeira (Sapo); Alemão Gohl; Altair Almeida; Álvaro Gáspre (Pelanca); Ambrósio Tabatcheik (Tetio); Antônio Kostek (Bisteca); Antônio Humberto Gáspre (Beto Cachorro); Ari Polika; Ariomar Huergo (Ferpa); Arnaldo de Oliveira (Nardo); Augusto Marques (Taco); Bagre; Baiano, Barbosa; Batatinha; Belico; Benedito Lara; Biscoito; Bolivar; Botinha; Caju; Carlos Renato Portes; Catarina; Chimango; Cláudio Gáspre (Ademir); Daniel Stafin; Darci Silveira (Queijo); Dilmar Gonzaga (Dêgo); Dolver; Dorival Farias (Dorico); Dorival Rosencheg (Dori); Douglas Francisco Chila; Edio Martinazzo (Zezão); Edu; Eduardo Teguinho; Eloy; Epaminondas Maltauro (Nondas); Ernande Comicholi; Evandro Chagas (Mico); Feijó; Manoel Fogaça; Ganância; Geime Luiz Rotta, Gelson Bastos Scott; Genésio; Geni; Getúlio Del Castel; Gilberto; Gilson Chagas; Hélio Ruschel (Sapo); Hussein Bakri; Ismael Tibeletti; Ivandel; Ivo Passos; Jahir Carneiro; Jalmei A. de Almeida; Jaime; Jair da Silva (Kiko Copel); Jair Carvalho; Jairo Graça Pinto; João Aiolf; João Antônio Farias Junior; João Egberto Nicolak Nicolinha; João Luiz de Paula (Jairão); Joãozinho; Jocundino Godinho; Jofre Mansur (Dim); Jonas Miguel Rosa Godinho; Jorge Mansur; José Roberto Aminger (Betinho); José Tusset (Bepe); Juja Chila; Laertes Índio do Brasil; Lizeu Aminger; Luiz de Paula; Luiz Jorge Côas; Luiz Nilson Cordeiro (Tico Fubarin); Luiz Otávio Geller (Gaúcho); Luiz Carlos Cruz (Luizinho Cruz); Luizinho Laurentino Gomes; Mariani; Marinho; Mário Emílio da Silva; Mário José Godinho; Mauro Silva; Miguel Bariuka; Natalino Perotti; Nei Baby; Nelson Schavalla, Nilo; Nilton Carlos Gomes; Nivaldo Cortelete Ferreira; Névito Dalmagro; Odair Bertolotte (Daíco); Odnir Bertolotte (Nenê); Orlando; Osires Fronczak; Osmar Maia (Luque), Osvaldo Vieira de Lima (Canoinhas); Paulo Panacione; Pedro Luiz Ferreira; Pedro Scheibe (Cebola); Pedro Seco Pedrinho; Pica-Pau; Pinduca; Porico; Rafael Koguta Filho (Neco); Raul; Reginaldo Perle; Renato; Roberto Nicolak; Romeu J. Savi; Romeu Moreira de Almeida (Mercedinho); Romeu Socha; Ronaldo Meskau (Roni); Rubens Carlos Otto (Rubinho); Rui; Russinho; Sargento Carlos Alberto; Serafim Raul Caus; Sergio Ney Madureira; Simonato; Tarácio Flessack; Tarrabaica; Theodaldo Silvério Filho (Dado), Trela; Trentim; Três Barras; Valdoir Mendes (Garrincha); Waldir Aliot; Walter de Oliveira; Wlademiro Nicolak (Canário); Valmor Bortoli; Vander Stoebelr; Venâncio Centurion Sosa (Paraguaio); Viegas; Wille Guth; Yoris e José Luiz dos Santos Cordeiro (Zequinha).