DEIXEI DE CONTAR AS ESTRELAS SOZINHO

DEIXEI DE CONTAR AS ESTRELAS SOZINHO

Do escritor da periferia – Craque Kiko.

O cupido me fuxicou. Foi firme no dizer. Se cuida. Com gente de saia não há que se fiar. Botam qualquer um a se perder. Não respeitam nem quando o demo esfrega uma vista. Até os santos do Paraíso tremem. Ressabiei. Ele errou. Num disparo no escuro, acertei na pinta.

Com o Sol alegre na minha vereda, vi ela chegar. Não estando muito quebrado de forças, ainda pouco rijo, aguentei. Tremi. Quase tive um troço. Fiquei igual prego em estopa. Esse negócio de saias, é de pôr um homem meio que tonto. Me engatei. Dei uma bicuda no que era. Conheci a felicidade, até hoje. Sorrio, não só. Não conto mais as estrelas sozinho, uma por uma. Aprendi junto dela, sentir o silêncio. Em um julho, assinamos no Cartório.

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