Ainda pequenote jogava o seu futebol nas categorias de base do Lansul da cidade de Esteio no Rio Grande do Sul. Quis o destino que em uma partida amistosa contra o Internacional de Porto Alegre, fosse um dos destaques do seu time e, olheiros perceberam a categoria e o toque refinado com que aquele menino de oito anos batia na bola. A partir daquele momento começou a ser escrita a história do craque Mica – O Torpedo Dinamitador.
Em poucas passadas já estava integrado nas escolinhas de base do colorado gaúcho e galgando degrau, por degrau, conquistando vários títulos chegou ao time de juniores e fez parte do elenco que conquistou a Taça Cidade de São Paulo de Juvenil no ano de 1978, decidindo contra a equipe do Corinthians Paulista.
No ano de 1979 foi convocado pelo famoso treinador Mário Travagline, para fazer parte da seleção brasileira de juniores, que disputaria os Jogos Panamericanos que seriam realizados em Porto Rico na América Central, onde o Brasil foi campeão. Mica teve uma exuberância de atuação fazendo dois gols nessa competição.
No ano de 1980 continuou defendo o Brasil em mais três partidas internacionais, contra Bolívia, Argentina e Colômbia.
Com a idade de juvenil estourando, e por estar concorrendo na posição com mais quatro ponteiros direitos, entre eles o famoso Valdomiro que também pertencia a seleção brasileira, foi pouco aproveitado pelo time do Beira Rio, sendo então, cedido por empréstimo ao Internacional da cidade de Lages (1980) onde disputou o campeonato catarinense e foi um dos principais artilheiros da competição com 23 gols marcados. Também atuou pelas equipes catarinenses do Figueirense (Florianópolis), Próspera, Criciúma (Criciúma) e Hercílio Luz (Tubarão).
Saindo do Hercílio Luz veio atuar em 1986 na Associação Atlética Iguaçu para disputar o campeonato paranaense. Novamente sua estrela começou a brilhar sendo um dos destaques da equipe iguaçuana. Dono de um potente chute, dos seus pés muitos gols foram feitos, além de que, era especialista em bola parada tendo uma facilidade em cobranças de faltas, escanteios e, seus cruzamentos para a área contrária eram um passe açucarado para seus companheiros.
Jogando pelo Iguaçu foi campeão paranaense por duas vezes e um dos seus belos gols foi escolhido como o gol do Fantástico no ano de 1992 na partida contra o Grêmio Maringá. Já em final de carreira defendeu as equipes do Tabú de Clevelândia e Operário de Ponta Grossa. Também atuou pelo CAPU, equipe de futebol amador de nossas cidades, onde foi campeão da Copa do Planalto Norte Catarinense.
Por ser um cidadão bem quisto, após encerrar a carreia como atleta profissional constituiu família e se radicou nas cidades irmãs de Porto União e União da Vitória onde trabalha com meninos da base e árbitro de futebol.
Por todas as suas qualidades e vasto currículo adquiridos ao longo da sua trajetória como atleta profissional, tem sido subaproveitado pelos nossos gestores públicos, principalmente nos dias de hoje, onde o esporte em si, tem sido uma das salvações para a juventude, que em sua maioria está pendendo para o ilícito.
Esta é um pouco da história do amigo Dalmir Estigarribia, conhecido pela alcunha de Mica – O Torpedo Dinamitador.