ASSOCIAÇÃO ATLÉTICA IGUAÇU – O TORCEDOR FANÁTICO

ASSOCIAÇÃO ATLÉTICA IGUAÇU – O TORCEDOR FANÁTICO

Coisas da bola

Coisas da bola são relatos de fatos vividos por mim, histórias contadas por amigos e outros frutos da minha imaginação.

Qualquer semelhança será puro acaso.

“Jair da Silva Craque Kiko”

Naquela sexta-feira, a Associação Atlética Iguaçu realizava mais um coletivo apronto no Estádio do Ferroviário. E como era corriqueiro, grande número de torcedores fanáticos compareciam nos treinamentos, até porque, a equipe estava indo bem no campeonato paranaense e vários atletas de nossas cidades estavam começando a despontar para o futebol profissional.

A equipe considerada titular estava treinando contra o time reserva e estava levando um passeio de bola da piazada, principalmente do ponteiro Luizinho Cruz, que recentemente tinha começado a treinar na Pantera Azul Dourada. O Luizinho estava ganhando todas as jogadas do lateral esquerdo titular e a toda hora ia na linha de fundo e alçava a bola na área armando a maior confusão para os atletas de miolo de zaga. Após levar várias broncas do zagueiro central Belga, o lateral esquerdo titular começou a marcar em cima o ponteiro Luizinho, não dando chances para ele ganhar a linha de fundo. O ponteiro, então, começou a driblar cortando para o meio e, entrando na diagonal encontrava  de frente com os zagueiros de área. E foi em uma jogada desse tipo que o zagueiro central Belga “aparou no meio” o jovem ponteiro Luizinho. Um torcedor fanático, de nome Valdir Lustosa, que estava sentado nas arquibancadas, gritou:  Negão covarde e açougueiro não pode com o guris. Ao ouvir as palavras do torcedor, o zagueiro Belga olhou para as arquibancadas e falou para o torcedor:  Se você for homem o bastante, me espere após o treino que vou te encher a cara de porrada seu babaca. Um pouco antes do treino terminar, o torcedor Valdir Lustosa, com medo, armou o paletó.

Após o encerramento do coletivo, o zagueiro Belga rumou com destino à sua casa e, quando passava em frente ao antigo Bar Horizonte, onde hoje é a Loja da Magazine Luiza, ali na rua Professora  Amazilia, avistou o torcedor Valdir tomando uns “goles da marvada” em frente ao balcão. De pronto, Belga adentrou ao bar e inquiriu o torcedor: Não quer repetir o que você falou lá no treino? Porquê não me esperou para acertarmos conta? Você é homem ou um rato? Diante das palavras com o tom elevado, o torcedor Valdir quase encheu a bombacha, começou a choramingar e tentou se desculpar dizendo que tomou tal atitude por ser um torcedor fanático e por admirar o futebol jogado pela piazada do time reserva. Entre uma justificativa e outra, os ânimos foram serenados e ficou o dito pelo não dito.

O Belga já encerrou a carreira como atleta profissional  e o Valdir continua sendo um torcedor apaixonado pelo Iguaçuzão, só que não toma mais os “gorós”. Ambos continuam torcendo para a volta das atividades do áureo cerúleo.

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