A.A.IGUAÇU 01 X 00 RIO BRANCO DE PARANAGUÁ – 15/01/1972
Ainda que com um placar magro, a Pantera Azul Dourada conseguiu mais dois pontos jogando em seus domínios, mesmo que o tento tenha sido contra, aos 20 minutos, quando o zagueiro do time visitante, Cosminho, jogou contra o seu patrimônio.
Dessa vez, a grande massa torcedora do Iguaçu esperava uma vitória de goleada, pois o esquadrão do litoral paranaense, Rio Branco de Paranaguá, não vinha tendo boas atuações na competição, enquanto que o time da casa estava em ascensão, praticando um futebol muito aguerrido, propiciado pelo ótimo preparo físico e pelo apoio da grande massa torcedora que sempre comparecia ao alçapão da Vila Famosa, Estádio Enéas Muniz de Queiroz.
Era a sexta participação da Pantera no Campeonato Paranaense, e a tão esperada goleada não aconteceu como se prenunciava. Em um prélio bastante disputado, onde as duas agremiações buscavam incessantemente o gol, o que se viu foi o protagonismo do guarda metas do Rio Branco de Paranaguá, Pedrinho, que operava milagres embaixo de sua cidadela e, devido a sua elasticidade, fazia defesas acrobáticas e portentosas. Mesmo que os avantes iguaçuanos arrematassem de todas as distâncias, principalmente o Tanque Joaquim, o guapo Pedrinho sempre estava lá para dominar a pelota.
Até aos 20 minutos, quando abriu o marcador, o quadro iguaçuano vinha muito bem, mas a partir daí, devido a alta correria, principalmente no setor de criação das jogadas, caiu de produção, onde o meia atacante Kide, sobrecarregado, demonstrou sinais de fadiga, obrigando o treinador Paulo Alves a efetuar uma alteração tática. Deslocou o meia Kide para a ponta esquerda trazendo para o meio o ponteiro esquerdo Duda. Com essa alteração a Pantera Azul Dourada perdeu em agressividade, mas ganhou em posse de bola, pois o Kide atuava como um falso ponteiro, povoando o meio de campo.
Para a segunda metade, percebendo que o time da casa diminuiu a ofensividade e porque a sua equipe estava perdendo o cotejo, o treinador do Rio Branco, Cherri, também fez uma alteração tática. Retirou de campo o meia de contenção Edson, colocando em seu lugar o avante Dismael que começou a infernizar os zagueiros iguaçuanos. Mas tendo o Iguaçu nessa partida a zaga como ponto alto, o time visitante não conseguiu furar o bloqueio defensivo iguaçuano. Já nos instantes finais da partida, para garantir o escore, Paulo Alves fez entrar o meia Rotta no lugar de Kide que estava extenuado, garantindo a vitória pelo escore mínimo.
Ficha técnica do embate:
Campeonato Paranaense de 1972
Estádio do Ferroviário – 15/01/1972
Associação Atlética Iguaçu 01 x 00 Rio Branco de Paranaguá
Juiz – Alceu Conerado
Auxiliares – Anásio Santana e Aristeu Nunes Caldas
Renda – Cr$ 10.120,00
Associação Atlética Iguaçu
Jorge, Bugrão, Nire, Zé Mário, Santos, Índio, Dito Cola, Jorginho, Joaquim, Duda e Kide (Rotta).
Gol: Cosminho (contra)
Rio Branco de Paranaguá
Pedrinho, Vivi, Dinei, Cosminho, Zequinha, Hugo, Edson (Dismael), Macaé, Klide, Walter e Neco.