ASSOCIAÇÃO ATLÉTICA IGUAÇU, EU E A MULATA FIO

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Coisas da bola

Coisas da bola são relatos de fatos vividos por mim, histórias contadas por amigos e outros frutos da minha imaginação.

Qualquer semelhança será puro acaso.

“Jair da Silva Craque Kiko”

Havia acabado a partida contra o Colorado lá no Estádio Durival Brito e Silva. Já de banho tomado, aguardava os demais colegas em frente ao ônibus da nossa delegação. Nesse meio tempo, percebi que tinha uma garota de olho em mim. Metido a galã fui conversar com ela. Era uma mulata, que, nos dias de hoje, o pessoal chama de “uma cavala”. Ficamos conversando até o pessoal chegar e durante o bate-papo falei que íamos jantar em Santa Felicidade e que se ela fosse lá poderíamos conversar mais. Ela foi. Enquanto o pessoal jantava, eu e ela namorávamos no corredor do nosso ônibus. Após o romance me despedi, ela foi embora, e nós retornamos de viagem da capital paranaense.

Na sexta-feira da semana seguinte, logo após o treinamento coletivo, recebi o aviso do nosso roupeiro Joãozinho. “Kiko! Tem um “pobrema” pra você lá na frente da concentração, é a negrona de Curitiba, ela tá te esperando”. Quando recebi aquele aviso senti um frio na espinha. Eu tinha uma namorada que morava a uns cinquenta metros dali e ela vinha me buscar após o treino. Tomei um banho rápido e fui conversar com a Fio (esse era o nome da mulata), expliquei a situação e saímos nos escondendo atrás das árvores em direção onde hoje é o mirante, lá perto do cemitério de Porto União. Durante esse trajeto, o medo da namorada me pegar em flagrante já tinha ido embora. Eu só estava pensando em fazer “nheco nheco” com a mulata.

Chegando no mirante, descemos um bom pedaço por um carreiro que havia naquele local e fomos às “vias de fato”. Trabalho feito, voltávamos, foi quando encontrei um diretor do time que estava passando de carro por ali. Fiz um sinal, ele parou, contei que precisava de ajuda para levar o “pobrema” até a rodoviária e ele se prontificou. A Fio entrou no fusqueta e eles foram em direção da rodoviária. Fui para minha casa, peguei o material e fui estudar.

Terminado as aulas, lá pelas 23 h, resolvi passar na casa do diretor para saber se ele tinha despachado a mulata com destino à capital. Ele morava na Prudente de Morais, na república do Pica Pau, ao lado da Farmácia União. Quando lá cheguei ouvi vozes e uma tremenda zona. O diretor estava “namorando” a negrona. Saí pé por pé e fui embora morrendo de rir.

No sábado pela manhã, quando me apresentei para concentrarmos para o jogo de domingo, encontrei o diretor e perguntei se tinha dado tudo certo ontem à noite. Ele me respondeu que sim, tinha colocado a moça no ônibus às dezenove horas. Fiz de conta que acreditei, devolvi o valor da passagem que ele disse ter gasto com ela e caso encerrado.

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