ASSOCIAÇÃO ATLÉTICA IGUAÇU – SEGUNDA PARTIDA NO PARANAENSE DE 1972

ASSOCIAÇÃO ATLÉTICA IGUAÇU – SEGUNDA PARTIDA NO PARANAENSE DE 1972

Coisas da bola

Coisas da bola são relatos de fatos vividos por mim, histórias contadas por amigos e outros frutos da minha imaginação.

Qualquer semelhança será puro acaso.

“Jair da Silva Craque Kiko”

Se apresentando pela segunda vez e pela primeira fora de seus domínios no campeonato  Paranaense de 1972 (que começou em novembro de 1971), a Pantera Azul Dourada se deslocou até a cidade de Cianorte no noroeste do estado para enfrentar a equipe do CAFE naquele domingo, 21 de novembro de 1971.

Viajando na véspera e oferecendo boas acomodações na hospedagem, a diretoria do caçula  ofereceu todas as condições aos atletas para que pudessem se apresentar bem na Cidade de Cianorte, tão boas condições, que certos boleiros já rodados, ainda não tinham tido tal tratamento e eram só elogios para a diretoria.

Por já ser final da estação da primavera e, com o calor que já é peculiar naquela região, o embate daquele domingo foi muito desgastante para as duas agremiações. Para o CAFE,  que jogava em casa, só a vitória interessava, até porque já tinha perdido no domingo anterior para o Furacão no Estádio Joaquim Américo em Curitiba. Ao time da fronteira, azul e amarelo, que era um franco atirador, porque jogando fora de seus domínios, o que viesse era lucro, mas, não descartava a intenção de conseguir os primeiros dois pontos jogando no campo de seu oponente, pelo visto de ter empatado no domingo de estreia em União da Vitória com o E.C. Pinheiros da capital do estado.

A contenda começou com o quadro mandante pressionando e, logo as dois minutos abriu a contagem através do ponta de lança Zé Roberto. Estranhamente após ter aberto o placar, a equipe do noroeste começou a atuar na defensiva, propiciando que a Associação Atlética Iguaçu o sufocasse ofensivamente, que mesmo assim não conseguiu igualar o escore.

Para a segunda etapa, o Iguaçu começou pressionado com mais intensidade e, aos dois minutos, na entrada da grande área o tanque Joaquim é derrubado. O árbitro incontinente, marcou a infração. O lateral direito Jorginho cobrou de forma colocada e fraca no campo que o guapo estava e ele deixou a pelota passar por baixo de seu corpo, levando um verdadeiro peru.

Com o prélio empatado, a dinâmica da partida sofreu uma mudança radical. Se até a e aquele momento o time da casa jogava mais na retaguarda e explorava os contra ataques, com o empate, se lançou todo ao ataque perdendo várias chances de passar novamente na frente do placar. O Iguaçu mesmo sendo pressionado não abdicava de ir ao ataque, e quando ia, criava também chances de gol.

Aos 23 minutos, em uma falta cavada por pura malandragem, onde o árbitro foi na onda do avante Peter, o CAFÉ  passava novamente na frente no placar. Na cobrança de uma falta,  se aproveitando que a barragem humana de cinco homens foi mal posicionada, o avante Valdir bateu com força no canto que o goleiro Paulo Henrique estava. Por ser uma bola considerada defensável, foi um legitimo frango.

Atrás novamente o placar o Iguaçu foi com tudo ao ataque mas não conseguiu furar o bloqueio defensivo imposto pelo time mandante que venceu por 2 tentos a 1. Pelo que desempenharam o resultado justo deveria ser um empate.

Destaque do Iguaçu – Tanque Joaquim

Ficha técnica:

CAFÉ 2 X 1 ASSOCIAÇÃO ATLÉTICA IGUAÇU

Local: Estádio Olímpico de Cianorte – 21/11/1971

Juiz – Plínio Duenas

Auxiliares – Dirceu Marques e Anásio Santana

Renda – Cr$ 5.211,00

CAFÉ:  Maurício, Cisca, Tomé, Carlão, Virgilio, Zé Roberto, Valdir, Alencar, Luiz Batista, Milton e Peter.

IGUAÇU:  Paulo Henrique, Jorginho, Nire (Zé Mário), Edegar Lopes, Santos, Índio, Dito Cola, Bugrão, Duda, Joaquim e Kide.

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