FAMÍLIA CHAGAS – FEZ, FAZ E VAI CONTINUAR FAZENDO A DIFERENÇA NO FUTEBOL

FAMÍLIA CHAGAS – FEZ, FAZ E VAI CONTINUAR FAZENDO A DIFERENÇA NO FUTEBOL

Estávamos no início da década de 1960, e eu piazinho de tudo, já corria atrás de uma bola, quase sempre, no páteo da moradia do seu Graciliano. Rodeado pelos Chagas, fui crescendo e acompanhando o sucesso esportivo dos descendentes do progenitor dessa família. Estávamos ainda na áurea fase do futebol amador.

Talvez se nos aprofundarmos na árvore genealógica, possamos encontrar descendentes de Charles Miller, que em 1894 trouxe da Inglaterra para o Brasil, duas bolas, uniformes e um conjunto de regras, dando os primeiros passos para difundir o futebol em nosso país. Mas não vamos a tanto. Começaremos escrevendo sobre  Graciliano e Maria das Graças Chagas (Dona Graça), moradores na rua José Júlio Cleto da Silva, conhecida como “Beco”. Ele, ferroviário, e ela do lar, talvez nem soubessem ou imaginassem, que a sua prole nasceria com o futebol enraizado nas veias e deixaria marcas profundas nesse esporte em Porto União da Vitória.

Quando se houve falar o nome Chagas, automaticamente, para quem conviveu no meio esportivo, é levado a pensar em futebol, porque os descendentes de Graciliano e Dona Graça, fizeram, fazem e continuarão fazendo sucesso no futebol da nossa terra. Quer ver?

Arildo Chagas, conhecido no meio esportivo como Meio Quilo, defendeu as cores do Juventus F.C. e São Bernardo E.C. Meia atacante com faro de gol.

Erotides Chagas gostava de futebol, mas não adentrou às quatro linhas, não precisava. Gerou três piás que sabem tratar a redonda com carinho. E mais, por onde jogaram, ganharam tudo. Evandro Mico, Gilson e Adriano Tiaca, craques na acepção da palavra.

Albari Chagas, tem a alcunha de Cachorro. Honrou a camisas do Juventus, São Bernardo e Ferroviário. Cracaço. Fazia miséria com a bola nos pés. Judiava dos defensores. Seu herdeiro, Albari Junior, também trata bem da pelota. É o sangue né.

Erondi Chagas, saudoso Iro Xixi Mijão. Destacou-se como arqueiro. Era pegador de pênaltis. Que o diga quem jogou com ele nos torneios no Campo do Nacional (em frente ao Miforte). Atuou no Juventus. Seu primogênito Cleber também é esportista. Gerou o Lucas, que está continuando a saga futebolística da família Chagas. Joga muito o piá e, com certeza será sucesso.

José Haroldo Chagas, popular Zeco, também saudoso. Um gato embaixo dos três paus. Destacou-se atuando na várzea. Conhecia como ninguém as traves do Campo do Nacional. Adorava quando jogava no Campo do Banhado (hoje quartel da PM de União da Vitória). Deixou os herdeiros Jean e Jeison, gurizada boa de bola. Tem futebol! Lá estão eles.

Salete Chagas, juntou seu sangue com o do Romeu Mercedinho (jogava muito o Vaga-lume Mercedinho) e deu no que deu… apareceu o Everson Sagui (atacante arisco), sabe tratar bem a moganga, já foi campeão mundial, podem acreditar no que digo.

Ari Chagas, o querido Pomba Pomba. Torcedor fanático do tricolor do Morumbi. Atuava como goleiro. Não sabe quantos lados tem uma bola, mas se ela vai rolar, com certeza, Pomba Pomba se fará presente. Gente finíssima e altruísta. Doou um rim para a irmã Sueli Salete.

Estes são os Chagas que conheço e posso falar de cadeira, pois com alguns me criei, com outros joguei.

Além de terem no sangue o gene do futebol, o mais importante de tudo, são todos “sangue bom”. Corretos, leais e amigos dos amigos. Exemplos a serem seguidos. Pessoas do mais alto quilate.Gente boa da minha terra.

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