Após muitas reivindicações, enfim, foi organizado um campeonato de futebol para o interior de União da Vitória. Seria um campeonato de futebol sete. Após reunião, foi realizado o sorteio para ver onde seria a primeira rodada. Coube a localidade do Pinhalão, naquele domingo ensolarado, ser a anfitriã dos jogos da largada da competição.
Enquanto o futebol era desenvolvido dentro das quatro linhas, torcedores e amigos batiam papo ao lado do campo. E foi em frente de um chiqueiro, próximo do campo, onde eram criados javalis, que um amigo meu que fazia parte da organização da competição, foi abordado por um senhor que supostamente era dono dos javalis. O papo principal entre os dois girou em torno dos javalis, onde o senhor explicou que os animais possuíam uma carne muito saborosa e tinha um preço muito acessível. Já com a proximidade de comemorar a data de seu aniversário, o amigo que fazia parte da organização do campeonato, comprou dois javalis que deveriam estar prontos para o consumo no próximo sábado. Deixou pago e acertado que na próxima sexta-feira viria buscar os porcos.
Na sexta-feira da semana seguinte, se dirigiu ao interior para buscar os porcos que seriam assados para a sua festa. Chegando no local, foi recebido por um outro senhor que se identificou como o dono da casa. Então, explicou para o homem, que tinha comprado e deixado pago dois javalis e que viera buscá-los, conforme combinado no domingo anterior. Surpreso, o senhor respondeu: Que Javalis? Eu não vendi nenhum javali e não recebi nada de ninguém. Diante do imbróglio e das explicações de ambas as partes, chegaram a seguinte e verdadeira conclusão: Os javalis foram vendidos por um malandro que se aproveitou da oportunidade e” entrochou” no meu amigo.