A MAIOR LENDA VIVA DO FUTEBOL AMADOR DE PORTO UNIÃO DA VITÓRIA FOI RESENHAR NO CÉU.

A MAIOR LENDA VIVA DO FUTEBOL AMADOR DE PORTO UNIÃO DA VITÓRIA FOI RESENHAR NO CÉU.

A vida nos prega peças e, para não deixar de assim ser, pregou uma em mim. Com o “bobo”, começando a dar sinais que iria pifar, quinta-feira fui socorrido em uma UTI de um hospital de nossas cidades. Embora, que tudo não tenha passado de um susto, na volta ao meu lar e ao convívio das amizades que galguei ao longo da minha estrada, levei um enorme baque, quando a minha esposa, sabendo da minha enorme amizade, tentava achar a melhor maneira para que eu tomasse conhecimento da passagem do meu amigo Cadinho.

Dono de um profundo conhecimento do nosso futebol amador, Cadinho me dava show de inspiração com seus mais de 85 anos, quando eu já estava quase jogando a tolha. Em nossos encontros no seu lar e no restaurante que comíamos uma suculenta pizza, ele sempre me expunha e até me pressionava, que com os nossos conhecimentos sobre o futebol amador da nossa terra, e até, pelo enorme acervo que possuímos, já era passada a hora de fundarmos um jornal somente sobre futebol, uma “gazeta esportiva”, dizia ele. Infelizmente, quando a ideia começava amadurecer na minha cabeça, eis que ele nos deixa nessa vida terrena. Viajou, com certeza para um lugar muito melhor.

Vai com Deus me grande amigo. Que o Pai de tudo e de todos te dê o descanso eterno. Eu, por enquanto, fico por aqui.

Nuances da sua bela e vitoriosa carreira

Nascido na cidade de Ponta Grossa em 09/02/1933 veio para ser registrado na cidade de União da Vitória. Pai de cinco filhos. Três mulheres e dois homens que residem em outras cidades. É um dos pioneiros na transmissão esportiva na cidade de Porto União da Vitória. Sempre ligado ao esporte, teve grande influência na fase áurea do nosso futebol amador, como atleta e principalmente como locutor e narrador esportivo.Tendo começado como sonoplasta na técnica de som na Rádio Difusora União em 1945 se tornou um ícone no meio esportivo local e paranaense, onde, a sua primeira narraçãeo esportiva foi com 15 anos de idade, narrando em 1948, uma partida entre as Seleções da L..E.R.I. – Liga Esportiva Regional Iguaçu e Seleção da L.D.N.C. – Liga Desportos Norte Catarinense.Trabalhou nas três principais emissoras de rádio de nossas cidades, Rádio Clube Paranaense (B2 de Curitiba-PR) e foi colunista do Jornal O Comércio. Em 1972 em virtude da transferência de sua esposa, que era funcionária da Rede Ferroviária, foi morar em Curitiba. No ano de 1990 retornou e atualmente tem uma coluna de esportes no jornal semanário O Caiçara. Os cronistas esportivos remanescentes do áureo do esporte amador das cidades irmãs, com certeza, se espelharam no profissional Cadinho, inclusive eu, que cansei de assistir jogos no extinto Estádio Municipal de Porto União, encima do telhado da cabine de transmissão, só para ouvir a narração do ilustre Cadinho. Indagado por mim sobre as suas maiores emoções, disse-me sem medo de errar que foram duas: Uma delas foi em 1950 quando transmitiu o jogo de basquetebol entre os selecionados brasileiro e russo na inauguração do Ginásio do Tarumã na capital paranaense. A outra quando foi agraciado com o Título de Cidadão Honorário de União da Vitória numa proposição do vereador Zani Dalton Farah.
Cadinho teve participação importante na fundação da Associação Atlética Iguaçu, inclusive foi decisivo na escolha das cores do uniforme. Após pesquisas descobriu que poucas eram as equipes tinham os uniformes nas cores amarela e azul e, como o presidente iguaçuano queria cores diferentes, então, foram escolhidas essas cores.

Aposentado como radialista e jornalista, ainda atua na área de jornalismo esportivo de nossas cidades.
Não tem inimigos, preza a amizade, adora um jogo de futebol, torce pelo Botafogo, emérito dançarino e é devoto de Nossa Senhora de Fátima.

 

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